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Enquanto muitos ainda tomavam o café da manhã oferecido na base militar, uma mensagem ecoou pelos auto falantes da base alertando:
“Para a segurança de todos, os horários para as refeições diárias são de até uma hora. Não permaneçam no refeitório por mais que isso. Também foi estabelecido um toque de recolher em toda a base a partir das nove horas da noite, começando hoje. Após esse horário, apenas os militares podem circular pela base, os civis devem ficar em seus alojamentos até as seis horas da manhã do dia seguinte. Essa medida foi tomada para evitar confusões e melhorar a nossa organização na base para poder atender a todos. Agradecemos a cooperação.”
- Isso é meio ridículo, vocês não acham? -perguntou Sandra, que estava no refeitório junto com o seu grupo.
- Achei certo. Eles precisam manter esse lugar organizado -respondeu Betty.
- Quase uma prisão – comentou Angelo.
- Melhor do que ficar na rua. Aliás Angelo, prefere a rua do que aqui?
- Não foi isso que eu quis dizer, mas esse controle todo incomoda um pouco.
* * *
A casa estava escura, era pequena; havia uma cozinha, um quarto de tamanho médio e um banheiro. No total, havia uma janela no quarto, uma na cozinha e uma bem pequena no banheiro. Ambas, da cozinha e do quarto estavam fechadas com madeiras e uns sacos de lixo tampando a visão. Na da cozinha ainda havia uma fresta, suficiente para ver o que estava acontecendo do lado de fora. A cozinha era relativamente grande, então, também foi possível observar um sofá de três lugares encostado em uma das paredes. No geral, a casa estava em boas condições. Assim que o grupo entrou, Isabela disse:
-Fiquem a vontade, apesar de não ser minha casa.
Assim que todos entraram, Isabela trancou a porta e colocou uma pequena cômoda encostada, para reforçar a porta.
- Você que colocou as madeiras e os sacos na janela? – perguntou Thomas.
- Não, quando eu cheguei já estava assim. Acho que o padre morava aqui, não sei o que houve com ele – respondeu Isabela, colocando Jade no carrinho.
-Ela tem quantos meses? -perguntou Vitória.
-Tem três, quase quatro.
* * *
O trio já estava no carro em movimento, quase entrando na área urbana da cidade. A tensão era grande. Brenda engatilhou sua arma e Fernandes disse:
- Fiquem atentas, a partir de agora, a situação só tende a piorar.
* * *
*Bloco pré-carnaval, centro da cidade, minutos antes do vírus se alastrar*
Cerca de três mil foliões estavam curtindo a festa promovida por um trio elétrico. Vários policiais faziam a segurança do local, pois a festa ocorria na avenida principal da cidade. Um tumulto chamou a atenção dos policiais que tiveram que correr pra controlarem a situação. Ao chegarem, os policiais viram uma mulher no chão que se debatia muito e um dos policiais tentou acalmar a mulher, pois parecia que ela estava tendo convulsão. Nisso, a mulher mordeu o braço do policial; como reflexo, o policial respondeu dando um soco no rosto da mulher.
Foliões que estavam próximos, fizeram menção de que iam avançar no policial por ter agredido a mulher. Alguém chegou a arremessar uma latinha de cerveja, mas não atingiu o policial.
-Acha isso certo?! - gritou um dos foliões.
Então, um dos policiais atirou duas vezes pra cima para afastar todo mundo. E a multidão toda ficou apavorada. No pânico, a mulher se desvencilhou do policial e mordeu mais pessoas que estavam próximas. O policial mordido começou a se debater, e em seguida, também mordeu seu colega de farda. Foi o suficiente para levar o pânico a todos. Na confusão e alguns tiros a mais, o som do caminhão teve que ser desligado e nesse momento, só se ouvia gritos de pessoas pedindo socorro e com medo, mas ninguém sabia o que realmente estava acontecendo, era uma confusão enorme.
* * *
Fernandes estava dirigindo quando entrou em uma rua que estava fechada para obras então, ele parou o carro e disse:
- Esta fechada, vamos ser obrigados a pegar a avenida principal pra poder contornar.
- Mas a avenida principal deve estar cheia de zumbis – comentou Eliza.
- Preparem as armas então, é um risco que vamos correr -alertou Fernandes, manobrando o carro e seguindo para uma rua logo depois, que dava acesso para a avenida principal.
Na curva seguinte, o trio encontrou um zumbi no meio da rua.
- Atropela! - disse Brenda.
Fernandes acelerou e atropelou. Em seguida, fez uma curva para a direita, que dava acesso a uma rua paralela a principal. Porém, essa rua era reta cercada de casas e comércios, ela também era estreita com uma curva super fechada no final, que dava acesso a avenida principal. Assim que entrou, logo no começo, havia um bar que estava com cerca de 10 zumbis na frente. Assim que viram o carro, os zumbis avançaram.
Fernandes acelerou e atropelou alguns. Dois deles ficaram no para-brisa do carro, atrapalhando a visão de Fernandes. Ainda em alta velocidade, Brenda que estava no banco do passageiro, colocou a arma pra fora e, esticando o braço, fez dois disparos, mas parou depois, vendo que a tentativa fracassou. Quando Fernandes finalmente decidiu brecar o carro para derrubar os dois zumbis, já era tarde e eles estavam encima da curva. Foi quando ele brecou e para não bater no muro, virou o carro para fazer a curva. Com isso, ele perdeu o controle e acabou batendo em um poste.
Com o impacto, os dois zumbis caíram. A batida fez a sirene do carro disparar e o som ecoou pelo bairro, uma fumaça preta começou a sair do motor. Um dos zumbis correu para avançar em Brenda, mas assim que ele chegou na janela do carro, ela deu um tiro certeiro na cabeça. Fernandes conseguiu matar o outro, antes que ele se aproximasse.
Com pequenos ferimentos, o trio desceu do carro. A sirene foi diminuindo o tom, até parar de vez, em seguida, o motor do carro começou a pegar fogo. No impulso, Brenda, correu para pegar as duas mochilas que estavam no carro, uma estava com os equipamentos de filmagem e a outra com alguns suprimentos.
- Deixa isso Brenda! - alertou Eliza.
Fernandes efetuou alguns disparos contra outros zumbis que estavam chegando.
- Temos que sair daqui agora! - alertou Fernandes.
Brenda pegou o que queria, e então, o trio correu para a avenida principal. Assim que entraram na avenida, deram de cara com a multidão zumbis famintos! Em seguida foi possível ouvir o carro explodindo.
Brenda que estava com as mochilas, foi surpreendida por uma zumbi que saiu de um estabelecimento próximo de onde eles estavam. Ela avançou em Brenda e ambas caíram no chão. Fernandes puxou a zumbi, tirando-a de cima de Brenda, Eliza rapidamente deu um tiro na cabeça da zumbi, que caiu no chão.
Brenda se levantou e os zumbis da multidão começaram a correr em direção ao trio.
- Meu Deus, nós vamos morrer! – exclamou Eliza.
- Ainda não olhem! – apontou Fernandes, para uma estação de metrô, aproximadamente a uns 50 metros deles, e na direção oposta dos zumbis. Fernandes sacou a arma e efetuou alguns tiros, e em seguida, o grupo correu para a estação e a multidão de zumbis, também.
No caminho, Brenda teve que deixar as mochilas para trás. Eles entraram na estação e com muito esforço, o trio conseguiu fechar o portão para impedir temporariamente o avanço dos zumbis. Em seguida, eles pularam a catraca e desceram para a plataforma. Ao descerem as escadas, viram que haviam muitas pessoas mortas mas ainda havia energia no lugar. Eliza tropeçou em um dos corpos e caiu. Mas com a ajuda de Brenda, ela se levantou.
- Temos que continuar. O portão não vai segurar-los por muito tempo. – disse Fernandes.
Um dos mortos se levantou e correu em direção a Eliza, ela percebeu e efetuou um disparo certeiro no zumbi.
- Belo tiro – disse Brenda.
- Obrigada. Como que aqui ainda tem energia?
- Não faço ideia. Escutem, estão ouvindo? – perguntou Fernandes.
- Não me diga que é um...
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