No dia 8 de julho de 1947, uma aeronave caiu no deserto de Roswell, no Novo México, Estados Unidos. Ao cair, aconteceu uma explosão que acabou espalhando destroços por todo lado. Não tão distante dali, em uma fazenda, Vitor, de 14 anos, viu a explosão e foi correndo avisar seus pais que estavam arrumando o celeiro.
- Mãe! Pai! Um avião caiu lá no deserto, venham ver!Rapidamente, os pais seguiram o garoto. Ao saírem do celeiro, eles observaram a fumaça da explosão.
- Vamos até la -sugeriu o garoto.
Fredo, seu pai, respondeu:
- Melhor não, os bombeiros vão chegar em breve.
- Melhor ir Fredo, pode ser que alguém esteja precisando de ajuda - disse Adelaide. - Vão vocês dois, eu termino de arrumar o celeiro.
Fredo e Vitor entraram na caminhonete e partiram em direção a queda do possível avião. Adelaide continuou observando, mas algo passou rapidamente cobrindo a luz do Sol e ela estranhou. Após dar uma rápida olhada para o céu e não ver nada de estranho, ela voltou a direcionar seu olhar e atenção para a fumaça do acidente.
* * *
Fredo estacionou a caminhonete um pouco distante do local e em seguida, ambos foram caminhando até o local da queda. Ao chegar, Vitor perguntou:
- Pai, que tipo de avião é esse?
- Eu não sei filho.
Não dava para saber qual era o modelo da aeronave, existiam destroços triangulares e ovais pelo chão. A policia e os bombeiros chegaram em seguida. O General M. Phillip, responsável pela operação, se aproximou da dupla e perguntou:
- Viram alguma coisa?
- Não, acabamos de chegar e não vimos ninguém - respondeu Fredo.
- Tudo bem. Vão embora, iremos isolar a área, não atrapalhem.
* * *
Um pouco mais a frente, o cabo John se deparava com uma espécie de jaula entre os destroços. Ele estranhou e chamou o general, que não demorou para chegar:
- Qual o problema?
- Olha, parece uma jaula, e provavelmente o que estava nela escapou.
* * *
Adelaide já estava terminando de arrumar algumas coisas no celeiro quando percebeu um vulto entrando.
- Fredo? Vitor?
Ela observou o local e não encontrou ninguém. Em seguida, ela escutou o barulho da caminhonete de Fredo chegando e foi ao encontro deles.
- O que era?
- Era um avião aparentemente. A policia mandou a gente sair. Tinha muitos destroços espalhados por lá - respondeu Fredo.
Enquanto conversavam, algo saiu do celeiro voando quebrando o telhado, o barulho chamou a atenção da família, mas eles só conseguiram ver um vulto e depois mais nada.
- O que foi isso? -perguntou Vitor.
Os três foram até o celeiro e observaram o buraco feito no telhado.
- Que estranho -disse Fredo.
- Vocês viram alguma coisa? - perguntou Vitor.
- Vi apenas um vulto -respondeu Fredo.
- Minutos atrás, eu estava terminando de arrumar aqui e percebi um vulto entrando, até pensei que eram vocês, olhei ao redor mas não vi nada.
- Algo aconteceu e foi algo bem estranho, vou avisar a policia -disse Fredo.
- Será que tem alguma ligação com o acidente?
- Também estou com essa dúvida.
* * *
Os militares já tinham recolhido boa parte dos destroços e levado para uma área secreta, foi tudo muito rápido. Os jornais da região já estavam se preparando para publicarem a noticia do acidente. Na fazenda, o policial requisitado por Fedo, não dava a atenção necessária para o que ele dizia:
- Isso é uma perca de tempo enorme senhor, quando alguma coisa estranha ou perigosa realmente acontecer, nos ligue. Estamos aqui pra isso não é mesmo? Tenham um ótimo dia - disse o policial, entrando no carro e indo embora.
- Belo policial - comentou Adelaide.
- Enfim, vou arrumar o telhado antes que anoiteça.
* * *
Na fazenda vizinha mais próxima, um casal de idosos estava lavando a caminhonete quando o cachorro começou a latir sem parar. O animal correu para dentro da plantação.
- O que deu nesse cachorro? - perguntou Matos. - Deu comida pra ele, Rosa?
- Dei, vai la pegar ele antes que ele acabe com a plantação toda!
O silêncio tomou conta e Matos chamou o animal. De repente, algo assustador levantou voo no meio da plantação carregando o animal. Rosa se desesperou e Matos ficou impressionado com o que estava acontecendo.
- Meu Deus!!!
- Que droga era aquela, Rosa? Minha nossa! Temos que avisar a policia e nossos vizinhos urgentemente!
* * *
A noite chegou. A família estava reunida, jantando quando Vitor perguntou:
- E se aquilo voltar?
- Aquilo o que? Não vimos nada, pode ter sido qualquer coisa, até mesmo lixo de algum avião que tenha caído. Sempre cai essas coisas por aqui - disse Adelaide.
- Posso dormir com vocês hoje?
- Filho... olha o seu tamanho... Não tem mais idade pra isso.
- Vai pai, só desta vez.
- Tudo bem. Pode sim - autorizou Fredo.
O tempo se fechou e uma forte chuva começou a cair.
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