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Ainda no hospital, Camila já havia desligado o celular quando houve um apagão. Era possível ouvir bastante gritaria e pessoas correndo pelos corredores pedindo socorro. Assustada, Camila abriu lentamente a porta do banheiro para espiar o corredor. Ela viu que ainda tinha pessoas e algumas estavam usando a lanterna do celular, então, Camila fez o mesmo. Desta vez, ela saiu por completo do corredor, onde, assim que saiu, várias equipes médicas passaram correndo.
Nesse momento, Camila levou um susto quando alguém pegou em seu braço e perguntou:
- Você esta bem?!
- Nossa! Que susto! Márcio, o que houve?! Que confusão é essa?!
Márcio, que era amigo de Camila e também médico, respondeu:
- Desculpa. Precisamos de você. Vários pacientes feridos, não estamos dando conta.
- Houve algum acidente?
- Vem comigo – disse Márcio, levando Camila para uma das salas de emergência do andar.
Nesse momento, a luz voltou por completo e foi possível ver algumas pessoas caídas no chão, outras agonizando nas macas e bastante sangue pelo corredor.
- Mas que bagunça é essa? – perguntou Camila, sem acreditar no que estava vendo. Ainda era possível ouvir gritos de socorro vindo de salas e corredores próximos.
Márcio abriu a porta da sala e a cena que viram foi completamente horrível. Haviam cerca de 4 enfermeiros tentando acalmar cerca de 6 pacientes que estavam atacando, mordendo e segurando a equipe. Havia muito sangue no chão e algumas partes de outras pessoas mutiladas espalhadas pela sala.
Márcio correu para ajudar a equipe, e um dos pacientes agarrou Márcio e mordeu seu braço, diante da cena, Camila correu pra ajudar, e conseguiu soltar Márcio dos braços do paciente, que naquela altura, já era um zumbi, porém, Camila e seus colegas não tinham a noção do que estava acontecendo. Nessa confusão, dois seguranças entraram na sala e abriram fogo contra os pacientes e a equipe médica, poupando Camila e Márcio, que se jogaram no chão para não serem alvejados.
Com a situação controlada, um dos seguranças se dirigiu a dupla e perguntou:
- Vocês estão bem?!
Revoltada, Camila se levantou e partiu pra cima do segurança.
- O QUE VOCÊ FEZ?!!! VOCÊ MATOU NOSSOS AMIGOS E PACIENTES, VOCÊ FICOU LOUCO?!!!
Ela foi contida pelo outro segurança, e Márcio, que já tinha se levantado, não entendeu o que estava acontecendo.
- Calma doutora! Calma! -exclamou o outro segurança, segurando Camila.
- Vocês ficaram loucos? Olhem o que fizeram!!! -repudiou Márcio.
- VOCÊS ESTÃO FERRADOS!!!! – gritou Camila.
- Escutem! Não eram pacientes! Olhem ao redor de vocês! Pacientes comem a equipe médica e mutilam seus semelhantes? Olhem bem!!!
Camila e Márcio se acalmaram e olharam ao redor e viram a cena horrível. Então, mais calma, Camila notou que o braço de Márcio não parava de sangrar.
- Seu braço! Vamos estancar o sangue – disse Camila, indo até um dos armários e pegando os materiais necessários para parar o sangramento, por hora.
- O que esta acontecendo? – perguntou Márcio.
- Estão atacando todos, estão comendo... Eu não sei. Só sei que tem muita gente morta e ferida, tanto aqui no hospital quanto nas ruas.
Nesse momento, um grito ecoou pelo corredor. Os seguranças saíram da sala e foram ver o que era. Enquanto isso, Camila havia terminado e o sangramento havia parado.
- Vem, não podemos ficar aqui – disse Camila. Ambos foram para o corredor e viram uma mulher devorando uma das pacientes que estava na maca. Um dos seguranças teve que atirar.
- Não me sinto bem – disse Macio, perdendo as forças e, vendo que ia desmaiar, se sentou no chão, com a ajuda de Camila.
- Temos que levar você pra outra sala, não podemos ficar aqui. Você esta ardendo em febre! -exclamou Camila, examinando Márcio. - Me ajudem com ele aqui!
Nesse momento, Márcio desmaiou e assim que os seguranças chegaram, Márcio se transformou e avançou em Camila.
O segurança foi rápido e acertou Márcio na cabeça. Camila ficou paralisada e uma certa quantia de sangue havia atingido seu rosto e sua roupa. Nesse momento, um grupo grande de zumbis apontou no fim do corredor e, ao verem o trio, eles partiram para cima.
- CORRE! CORRE! VAMOS DOUTORA! VAMOS!!! -gritou um dos seguranças.
O trio correu em direção ao elevador, que por sorte, estava parado no mesmo andar que eles. Por sorte novamente, a porta se fechou e nenhum zumbi conseguiu entrar.
- Só tenho mais dois tiros – avisou um dos seguranças.
- Os meus acabaram.
- Temos que sair do hospital, não estamos mais seguros aqui -disse Camila, ainda chocada.
* * *
Não distante do hospital, Lisandra e Richard estavam estacionados com o carro, de olho na movimentação do hospital, que, de onde eles estavam, era possível ter um panorama do que estava acontecendo por lá.
- Já era pra ela estar aqui – comentou Lisandra, pegando o celular e discando.
* * *
No elevador, mais um apagão atingiu o hospital.
- Droga! – exclamou Camila.
- Calma, foi um leve apagão, daqui a pouco a energia volta – disse um dos seguranças.
- Não quero ficar preso aqui -disse o outro segurança.
O celular de Camila tocou e ela atendeu:
- Lisandra?
- Oi, onde você esta Camila? Estamos aqui te esperando.
- Estou tentando descer para pelo menos o segundo andar, mas esta complicado.... -nessa hora, a energia voltou e o elevador continuou a descer. – Estamos chegando no segundo andar agora, a energia voltou.
- Vem logo, a situação não é boa. Estamos te esperando.
- Ok, estou indo, beijos -disse Camila, desligando o celular.
Foi quando o elevador parou no segundo andar e abriu as portas. Revelando um cenário ainda mais caótico. Havia muitos médicos socorrendo os pacientes e muitos policiais tentando controlar os mais agitados. Também havia sangue no chão, mas a situação parecia estar controlada.
Os seguranças foram ajudar e se afastaram de Camila. Então ela foi em direção ao outro elevador, que dava acesso ao térreo, para sim então, conseguir sair. Nesse momento, uma das portas se abriu e vários zumbis invadiram o local. Novamente, outro apagão atingiu o local e desta vez parecia ser por definitivo. Houve um grande aumento no barulho da gritaria e também vários tiros.
Com medo de ser atingida e de ser pega pelos zumbis, Camila se abaixou próxima a uma das paredes. Muita gente gritava, agonizava e os tiros não paravam. Foi quando houve um silêncio horrível na sala mas ainda era possível ouvir alguns gritos que vinham da parte externa do hospital e de algumas ambulâncias.
* * *
Richard e Lisandra debatiam:
- Mais um apagão.
- Ela vai morrer lá com esses apagões, temos que ajudar – disse Richard.
- Quer correr o risco de perdemos o carro novamente?
- Que seja, temos que arriscar.
- Você sabe que se formos, podemos morrer lá também não sabe?
- É um risco Lisandra, é um risco. Temos que agir ou ela vai morrer.
- Vamos pensar no que fazer, vamos tirar ela daquele hospital.
* * *
Ainda abaixada, Camila viu quando as luzes de emergência foram acionadas, a iluminação era quase zero, pois só indicavam as saídas de emergência. Esse era o sinal definitivo de que as luzes não voltariam. Camila olhou ao redor e viu varias silhuetas de pessoas em pé e próximas a ela. Algumas estavam paradas e outras estavam se mexendo lentamente. Camila estava com muito medo e não sabia o que fazer para escapar daquela situação.
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