Roberto procurou em todo o quarto mas não achou o testamento, rapidamente, ele telefonou para Maria. Já na prisão do Umbral, Alice ainda estava amarrada quando alguns cavaleiros chegaram e guiaram a jovem até o salão principal. No salão, Paulo aguardava pela menina, que foi correndo abraça-la. Alice não reagia e não demonstrava emoções, foi o que levou Paulo a questionar:
- O que fizeram com ela?!
- Nada – respondeu a Rainha.
- Nada? Sua mentirosa! Quero minha filha normal!
- Mentirosa nada! Ela simplesmente não esta ai. Você queria vê-la e viu, agora já chega! Cavaleiros, levem ela! – ordenou a Rainha.
- Não, esperem! Para onde vão levar ela?
Miranda estava chegando ao salão quando a Rainha apontou para ela e disse:
- Olha lá Paulo. Ela pode responder as suas perguntas.
Os cavaleiros se retiraram com Alice enquanto Miranda se aproximava de Paulo, que perguntou:
- Do que ela esta falando?
- Paulo, eu...
- Conta logo! – exclamou a Rainha. – Ele vai ficar sabendo de qualquer forma.
- Paulo, a Dorete me contratou.
- A Dorete? Te contratou? Como assim?
- A historia é longa.
- Então começa!
* * *
Roberto já havia comunicado Maria e estava arrumando algumas gavetas quando Solange entrou no quarto e perguntou:
- Algum problema, pai?
- Não filha, nada.
- A tia Dorete veio aqui.
- Veio aqui? O que ela queria?
- Ela disse que queria falar com você e com a minha mãe, mas não quis deixar recado.
- Que estranho.
Nesse momento, Maria entrou pela porta do quarto. Roberto estranhou e perguntou:
- Maria? O que houve? Deixou a Alice sozinha?
- Não, não, calma. A Dorete se ofereceu pra ficar com ela esta noite para que possamos descansar um pouco. Ela insistiu... Bom, achou o envelope?
* * *
No hospital, no quarto de Alice, Dorete dava inicio ao seu plano macabro. Discretamente, ela se aproximou da cama de Alice e retirou de sua bolsa uma seringa com um líquido, em seguida, aplicou o liquido na mangueira do soro da garota, fazendo o veneno ir diretamente para a corrente sanguínea.
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