Casal Explosivo (Editada) - Capítulo 01: Terminal



*CAPÍTULO NÃO RECOMENDADO PARA MENORES DE 18 ANOS*

Em uma noite de Lua cheia, em um bairro nobre de São Paulo, quando um casal havia acabado de chegar de uma festa. Mary e Bruno estavam casados a mais de um ano e costumavam sair juntos quase todos os finais de semana. A casa do casal era grande, quase uma mansão, apenas os dois moravam no local. Mary estava se preparando para ir dormir quando Bruno saiu do banho somente de toalha:

- Pedro sabe dar uma boa festa! – exclamou Bruno.
- Verdade. Eu sempre adoro ir, me divirto muito.

Mary ligou a televisão enquanto Bruno se trocava. Ao terminar, ele foi até a janela, que estava aberta. Então, ele observou a rua e flagrou um carro antigo estacionado na casa da frente. Dois homens saíram da casa com dois sacos plásticos cada, e colocaram no porta-malas do veículo.

- Desliga a tv Mary, alguma coisa esta acontecendo no vizinho -sussurrou Bruno.
- O que? – perguntou Mary, desligando a tv.

Bruno desligou a luz do quarto enquanto Mary foi até a janela observar.

- O que será que estão guardando no carro?
- Guardando ou roubando? Vou ligar pra polícia – disse Bruno, pegando o celular e discando.

Os homens entraram no carro e arrancam em alta velocidade, enquanto Bruno falava com o policial ao telefone. Mary fechou a janela juntamente com as cortinas e acendeu a luz em seguida.

- Eles vão mandar uma viatura -disse Bruno, desligando o celular.

No mesmo instante, Mary olhou pela janela novamente e avistou uma viatura chegando.

- Já chegaram. Que rápido!
- Vamos descer.

Já na calçada, Bruno e Mary conversavam com os policiais:

- Então, avistamos um carro parado na casa da frente e dois homens colocando sacos de lixo no porta-malas. Então decidi avisar. Os vizinhos estão de férias, a casa esta vazia.
- Tudo bem, vamos averiguar o local, podem ir. Tenham uma boa noite.

Bruno e Mary retornaram para a casa enquanto os policias averiguavam a casa vizinha. Eles tocaram a campainha mas obviamente ninguém apareceu.

- Parece que não tem ninguém mesmo – disse um dos policiais.

Neste momento, um carro passou em alta velocidade e dois indivíduos atiraram contra os policias. Acuados, os policiais se jogaram no chão e se livraram dos tiros. Por sorte, nenhum dos dois policiais foram atingidos.

* * *

Logo pela manhã do dia seguinte, Mary e Bruno saíram para trabalhar normalmente. Mary trabalhava de recepcionista em um hotel no centro de São Paulo e Bruno de motorista de ônibus urbano.

Na delegacia do bairro, o delegado Munhoz já tinha conversado com os policiais quando recebeu a visita de Kelly. Uma mulher sedutora mas também muito perigosa. Ela segurava uma pequena bolsa quando entrou na sala do delegado. Ele estava assinando alguns papéis e estranhou:

- Você não pode entrar aqui assim moça. Posso ajudar?

Kelly colocou a bolsa em cima da mesa do delegado e disse:

- Três mil reais e você esquece o caso de ontem a noite.

O delegado deu risada e perguntou:

- Você acha mesmo que eu sou tão barato assim? Comecei a investigar o caso agora, senhorita.
- Já esperava essa sua reação, então eu ofereço sete mil! Sete mil e mais nada! O dinheiro esta na bolsa! Faça bom uso – disse Kelly, passando a mão no rosto do delegado.
- Obrigado pelo presente amor. Volte sempre!
- Pode ter certeza que eu voltarei.

* * *

O dia passou e a madrugada chegou. Eram meia-noite quando Bruno estacionou o ônibus no ponto final. Havia apenas um passageiro e o cobrador tinha decido um ponto antes, como de costume. O passageiro desceu, era um homem de aproximadamente trinta anos, em seguida, Bruno desligou as luzes do ônibus e trancou as portas.

Aproveitando que o terminal estava totalmente deserto, Bruno pediu ajuda ao homem:

- Será que você pode me ajudar a empurrar o meu carro?
- Claro – disse o homem. - Onde ele esta?
- Esta aqui perto, me acompanhe, não vai demorar.

O homem acompanhou Bruno por aproximadamente cinquenta metros até chegar ao carro. Ventava muito naquela noite. Bruno abriu o carro e retirou uma arma com silenciador. Quando o homem pensou em reagir, Bruno atirou em sua cabeça, e o homem morreu na hora. Rapidamente, Bruno guardou a arma na cintura e arrastou o corpo para mais próximo da porta traseira do carro e com um pouco de dificuldade, ele conseguiu colocar o cadáver nos bancos de trás do veículo.

Bruno fechou a porta e observou a rua para confirmar que não havia ninguém. Depois, ele entrou no carro e arrancou. Enquanto isso, no hospital do centro, o turno do Doutor Pollo já havia terminado e então, ele chamou um táxi.

* * *

Após matar o rapaz, Bruno foi até uma casa simples, na zona sul da cidade. Discretamente ele abriu o portão e guardou o carro. Feito isso, um homem saiu de dentro da casa, ele se chamava Maicon e foi até o carro; com a ajuda de Bruno, retiraram o corpo. Logo em seguida, o Doutor Pollo chegou e pediu desculpas pelo atraso.

* * *

Já em casa, Mary conversava com Kelly:

- O vagabundo é caro! -exclamou Kelly.
- Velho nojento! Hoje o Bruno deve trazer boas notícias.
- E o roubo?
- Decidimos deixar de lado, não tinha nada importante lá.

* * *
Pela manhã do dia seguinte, todos estavam reunidos na casa misteriosa, onde na verdade, funcionava uma clínica clandestina onde aconteciam cirurgias e vendas de órgãos. Na sala, um homem de idade já estava aguardando por Bruno, onde ele avisou:

- Já paguei, espero que façam o que eu pedi.
- Claro que vamos, você é quem manda -disse Bruno, acompanhado de Mary.

* * *

Além de comandar a clínica, Bruno também tinha contato com Pedro Pedroso, que era o maior traficante da região. Ele fornecia armas, dinheiro e praticamente tudo o que Bruno precisasse para atuar ilegalmente. Em uma reunião fechada, ambos combinaram de assaltar um caixa eletrônico em SP, para assim, levantarem mais dinheiro para o tráfico.

* * *

Na manhã do dia seguinte, em casa, com uma maleta cheia de dinheiro despejada na sala, Bruno contabilizava o ganho:

- Passou fácil de cem mil. Hoje vamos assaltar um carro-forte.
- Como assim? Você pirou? Esses carros possuem seguranças bem armados!
- O Pedro vai ajudar. Já falei com ele.
- Mas isso não garante nada!
- Não tem como voltar atrás.
- Mas eu tenho certeza que ele não vai fazer isso -disse Mary.
- Bom, foi o nosso combinado. Se ele não quiser, ele que tem todo esse direito também.

* * *
Temendo pelo fracasso e exposição, Pedro chamou Bruno para conversarem sobre os recentes atos da quadrilha. Eles estavam no escritório secreto de Pedro:

- Não adianta Bruno! Nossos recentes ataques nos deixaram expostos demais. Não podemos correr mais riscos, a polícia esta investigando tudo.
- Eu sei, mas ainda precisamos de dinheiro. Vender maconha pra sempre não vai ajudar grande coisa.
- Mas ainda temos o dinheiro reserva na nossa conta que, aliás, cuide bem, não quero desperdício. 

* * *

De madrugada, Bruno, Maicon, Mary, Píter e Carlos foram até um cemitério e estacionaram o carro em uma rua paralela a do portão. Com pás e picaretas, eles arrombaram o cadeado do portão e invadiram o cemitério. O grupo estava pronto para cometer mais um crime.

No dia seguinte, pela manhã, uma mulher foi visitar um parente, mas ao chegar no túmulo, ela percebeu que havia sido violado e que o caixão já não estava mais ali. Muito assustada, ela decidiu procurar o zelador. Mas, ao entrar na sala, ela se deparou com o corpo do zelador no chão em uma poça enorme de sangue. A cena era horrível. O zelador teve os seus olhos arrancados, e seu corpo estava cheio de cortes profundos.

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