- O que é isso Douglas? Isso é droga?
- Não, não é!
Miranda se levantou e se posicionou ao lado de Maria e disse:
- É droga sim.
- É droga sim Douglas! Onde conseguiu? – perguntou Maria. – É melhor falar a verdade!
Nesse momento, Miranda disse:
- Minha amiga, ela é viciada, os pais dela não sabem. Ela pediu pra mim guardar, pois os pais dela estavam desconfiando. Eu não uso droga, nunca usarei. Você sabe disso! – e Douglas repetiu simultaneamente.
- Vai pro seu quarto. Eu vou jogar no lixo, isso ainda não acabou.
* * *
Em casa, os pais de Kelina estavam na sala debatendo:
- É humilhante saber que minha filha saiu como errada nessa historia, é ainda mais humilhante ela não poder expressar os seus sentimentos! – exclamou o pai de Kelina.
- O pior é que eu vou ter que mudar de escola, e não ela! -exclamou Kelina.
- Filha, entenda. Te colocamos lá, achando que não teria pessoas como ela, mas estávamos errados. Você vai pra outra escola, onde pessoas como ela não frequentam – disse a mãe de Kelina. -Você merece uma escola do seu nível.
* * *
De noite, Roberto já estava sabendo do ocorrido e foi até o quarto de Douglas conversar:
- Veio me dar bronca?
- Na verdade, não. Só quero dizer algumas coisas básicas pra você.
- Tudo bem. Quais?
- Não quero saber se a historia que você contou foi realmente verdadeira ou não, mas quero deixar claro, que, se você aparecer aqui em casa novamente com isso, ou se isso começar a interferir na nossa família... Você não morará mais aqui. Faço questão de te colocar pra fora. É duro ter que dizer isso, mas é a realidade!
- Eu não estou envolvido com isso. A história é realmente verdadeira.
- Como quiser. O aviso esta dado. E uma última coisa, amanhã vamos visitar seus tios, levante no horário de sempre. Mas não demore – disse Roberto, se retirando.
* * *
No dia seguinte, a família foi visitar os parentes do interior e para evitar certas emoções, Roberto mudou a rota para não passar na mesma estrada em que os pais de Alice morreram. O tempo estava nublado e uma forte chuva ameaçava cair a qualquer momento. Assim que chegaram, a família desceu do carro e foi ao encontro de Dorete, Ricardo, Fabiana, Bernadette, Vicente, Rogério e Valdete. O bairro era calmo e passava a impressão de ser muito seguro.
Ricardo era o primo mais velho de Alice e Douglas e possuía cerca de dezessete anos. Fabiana era irmã de Ricardo, prima de Alice e Douglas e tinha quase vinte anos. Ambos, filhos de Dorete com Rogério, tio de Alice, Douglas e Solange. Bernadette, Vicente e Valdete, completavam o grupo de tios, todos tinham mais de quarenta e sete anos de idade. Após alguns minutos de conversa, Ricardo chamou Douglas e Fabiana para irem ao porão. Assim que chegaram na porta do porão, Douglas perguntou:
- O que estamos fazendo aqui?
- Vocês vão me ajudar a procurar o jogo da vida – disse Ricardo.
- Olha a nossa idade pra brincar disso – disse Fabiana.
- Se a internet não tivesse caído, estaríamos nas redes sociais agora. Ou é jogar esse jogo ou voltar pra sala e ficar vendo nossos pais e tios falando de velhices.
- Nossa, que drama. Você nos convenceu – disse Douglas.
Solange e Alice estavam ausente da cena, pois estavam na sala com os adultos. Ricardo abriu a porta e ascendeu as luzes. O lugar era razoavelmente grande, estava empoeirado e havia vários objetos guardados pelo local, até móveis antigos.
- Que bagunça – disse Fabiana.
- Onde esta? – perguntou Douglas.
- Minha mãe trouce pra cá semana passada. Deve estar perdido nessas tralhas. Vamos procurar -disse Ricardo.
* * *
Na prisão, Paulo estava sentado no canto quando eu cavaleiro apareceu e disse:
- Você esta livre. Me acompanhe.
- O que?
- Anda! Quer ficar preso aqui?! Você esta livre agora!
Paulo se levantou e acompanhou o cavaleiro. No meio da névoa, eles sumiram. Paulo apareceu do lado de fora do castelo, no mesmo lugar onde ele havia sido capturado anteriormente juntamente com Miranda.
- Nossa! Mas onde esta a Miranda?! Eu nem sei pra onde devo ir!
* * *
No meio da bagunça, Paulo achou um tabuleiro de Ouija:
- Nossa, um tabuleiro de Ouija aqui!
Ricardo e Fabiana se aproximaram.
- Você acredita nessa besteira? – perguntou Fabiana.
- Não sei. Vamos descobrir!
- Vamos testar então pra ver se funciona! Vocês topam? – perguntou Ricardo.
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