Alice - Capítulo 14: Ouija parte II - Aviso Subliminar



O trio já tinha preparado tudo e já estavam sentados em uma mesa ao redor do tabuleiro. Com o dedo indicador em cima do copo, o trio começou a brincar.

- Tem alguém nos ouvindo? – perguntou Ricardo, mas nada aconteceu.
- Não aconteceu nada – disse Douglas.
- Vamos perguntar juntos – disse Fabiana.

O trio perguntou e em seguida as luzes se apagaram. Segundos depois, a luz acendeu e o copo se moveu em direção a palavra SIM. Assustados, o trio retirou os dedos do copo.

- Vamos parar! – exclamou Fabiana.
- Não, agora não da mais, vamos continuar – disse Ricardo.

O copo se moveu entre as letras e formou a palavra MORTE.

- Pra mim já chega! – exclamou Douglas, se levantando e jogando o tabuleiro no chão. Ao se chocar com o chão, o copo se quebrou.
- Não estraga a brincadeira! – exclamou Ricardo.

Douglas se retirou da sala. E ao abrir a porta, se deparou com um mundo diferente. Ele estava no Umbral, mas não sabia. A porta se fechou e ele ficou ali, sem saber o que fazer. Ele olhava para o horizonte e via várias montanhas e um castelo muito bonito. Estava de noite e uma chuva forte começou a cair. Douglas deu alguns passos para a frente e quase caiu. Ele estava na beira de um penhasco enorme. Assustado, ele olhou para baixo com muito medo, nesse momento, alguém empurrou o rapaz e ele despencou. Quando estava prestes a se chocar contra o chão, ele despertou.

*  *  *

Ele acordou e estava ao redor da mesa, ainda com o tabuleiro e o copo no centro.

- Você esta bem? – perguntou Fabiana.
- Começamos a brincar e você paralisou. Parecia estar em outro lugar – disse Ricardo.
- Nossa sério? Nem percebi. Ando muito pensativo – disse Douglas, disfarçando. – O copo se moveu?
- Não, já cansamos, vamos guardar essa coisa velha – disse Ricardo.

* * *

Na cidade, os pais de Angela haviam retornado e, para a infelicidade deles, encontraram Angela morta. Uma ambulância estava no local, mas já era tarde demais. Os primeiros socorristas disseram que Angela teria morrido de overdose. Ao fim do dia, Roberto e os outros se despediram dos parentes e já estavam a caminho de casa. Devido a uma forte chuva, o atalho havia sido fechado e Roberto foi obrigado a voltar pelo caminho tradicional, onde ocorreu o trágico acidente que matou Sandra e Paulo. Chovia granizo e Roberto quase não enxergava nada.

Alice dormia quando Roberto decidiu diminuir a velocidade. Mais a frente, havia uma ponte e o rio já começava a invadir a pista.

- Será que da pra passar? – perguntou Maria.
- Melhor não - disse Solange.
- Vou tentar, a água esta fraca ainda.

Roberto arriscou e enfrentou a água, quando estavam ao meio da ponte, uma enxurrada muito forte chegou e pegou a família de surpresa. O carro foi arrastado para dentro do rio e a cerca de proteção da ponte não pode evitar a tragédia. O pânico tomou conta. O carro boiava e batia em vários troncos pelo caminho. Todos estavam desesperados. Douglas tentava tirar o sinto de Alice, mas estava emperrado. Roberto ajudou Maria a abrir a porta do passageiro.

A água estava quase cobrindo o carro totalmente quando Solange se segurou em Roberto. Maria conseguiu sair do carro, e ajudou Solange. Roberto ajudava Douglas, foi quando a água cobriu o carro totalmente. Roberto conseguiu abrir a porta traseira, foi quando Douglas conseguiu destravar o sinto e pegar Alice, que despertou assustada, mas quando estavam saindo do carro, um tronco bateu na cabeça de Douglas que fez o rapaz desmaiar na hora. Com isso, Alice e Douglas afundaram junto com o carro. Alice ainda tentou nadar e ir para a superfície de alguma forma, mas por estar dentro do carro ainda, ela não conseguiu e Roberto não conseguiu voltar para ajudar.

___________
___________

Postar um comentário

0 Comentários