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Assim que o grupo começou a entrar na área urbana, já foi possível ver alguns corpos nas ruas com alguns urubus comendo os restos e um silêncio na cidade, que parecia estar abandonada.
- Não encontramos quase ninguém nesse tempo todo em que estamos na estrada -comentou Brenda, enquanto seguiam pelas ruas.
- Demos sorte de termos chegado aqui ainda com a luz do dia. Em breve vai anoitecer e vamos precisar de um lugar pra passar a noite – comentou o soldado numero um, que dirigia o primeiro carro.
- Soldado, nos dia seu nome -disse Brenda.
- Me chamo Camargo, soldado Camargo.
- Ótimo, e o seu outro amigo?
-Soldado Nogueira.
No primeiro carro, estavam: O soldado Camargo, Fernandes, Brenda e Aline. Já no segundo: Soldado Nogueira, Thomas, Vitoria e Henrique.
* * *
* Dias atrás, na mesma região *
O caos estava em todos os lugares. Casas, prédios e carros pegando fogo, ainda haviam sobreviventes pelas ruas juntamente com vários zumbis. As pessoas corriam desesperadamente sem saber como fugir daquela situação. Na praia, muitos turistas estavam aproveitando o local quando também foram surpreendidos pelo surto viral. Em questão de horas, a cidade já estava tomada por zumbis. Um drone acompanhava do alto a situação e registrava várias imagens a cada dia que passava.
Em uma sala secreta, de algum lugar, Afonso analisava as imagens, juntamente com uma equipe composta por dois homens e uma mulher. Todos vestidos de ternos e de feição séria.
- Nos diga, doutora Vanessa, o que esta fazendo esses zumbis morrerem?
- A fome.
Os outros na sala riram, mas voltaram a ficar sérios depois. Vanessa continuou:
-Eles precisam se alimentar também. A medida que a cidade foi sendo tomada, a oferta de comida também caiu. Esta provado que eles morrem por inanição.
-Tecnicamente, água não resolveria nada?
- Não.
-E a segunda parte do processo?
- Creio que em breve, a sincronização foi excelente -disse um dos homens. – Aqui, selecionamos São Paulo, Rio, e algumas cidades pequenas no interior dos outros estados, tivemos uma resposta alta, nesse momento, boa parte da população já esta morta.
- Precisamos estar preparados caso esse vírus atinja o próximo nível. O que não podemos é ter esse vírus sendo espalhado pelo ar, ao invés da mordida -disse Afonso.
- Nossa equipe já esta trabalhando nisso. Acredite, temos tudo em nossas mãos, tanto a IMCORP quanto o governo – revelou Vanessa.
- De que lado realmente a IMCORP esta? - perguntou um dos homens.
-De fato? Eu realmente não sei -respondeu a Doutora Vanessa.- A IMCORP esta jogando dos dois lados, essa é a verdade.
- A IMCORP terá o que merece depois.Vamos organizar a Marinha Brasileira agora. Os outros países que se virem como bem entenderem. Esta reunião esta encerrada -decretou Afonso.
* * *
Na entrada da Serra, cerca de dez veículos, sendo cinco vans e cinco caminhões misteriosos começaram a descer, rumo ao litoral. Eles estavam em alta velocidade e pareciam determinados, algo grandioso estava acontecendo nos bastidores do apocalipse zumbi.
Na praia, já com o Sol se pondo, um rapaz tomou a frente e conseguiu a atenção de cerca de cem pessoas que estavam na espera do retorno da lancha. Ao fundo era possível ver o navio da Marinha Brasileira, e outras embarcações menores.
-Escutem! Escutem! Precisamos resistir esta noite! A Marinha vai nos salvar, eles sabem que estamos aqui!
Um outro homem questionou:
- Como sabe que eles vão nos salvar?
- Eles vão! -interrompeu uma mulher. – Eles resgataram três!
- Como você sabe?
- Quando eu cheguei eles estavam indo embora.
- Precisamos ficar em silêncio, não podemos atrair mais zumbis! -exclamou uma outra mulher.
- Vamos todos proteger uns aos outros. Só assim vamos escapar da morte e dos zumbis!
* * *
O grupo entrou em uma rua mais estreita e estavam indo para a praia. Eles pararam em uma rua deserta, ainda de barro, com matos ao redor e cerca de duas casas simples, porém, com uma vista ótima para o mar. Todos desceram dos dois carros e ficaram felizes ao verem o mar e o início do por do Sol. E ainda mais: era possível ver o navio da Marinha Brasileira ao fundo, o que deixou o grupo ainda mais animado.
- Ao menos uma vista boa e leve no meio desse caos – comentou Vitória.
- Vamos dar um passeio? Molhar os pés? – perguntou Henrique.
A areia estava um pouco suja, e no caminho até a água do mar não havia nenhum corpo. Os soldados decidiram ficar perto dos carros, enquanto o restante se afastou um pouco e outros foram molhar os pés. Fernandes e Brenda se sentaram na areia e começaram a apreciar a vista.
- Eu poderia ficar aqui por horas -comentou Brenda.
- Fazia anos que eu não vinha para praia. Precisou de um apocalipse zumbi pra isso acontecer -comentou Fernandes.
- Ainda nem chorei a morte dos meus amigos direito -disse Brenda.
-Acredito que todo mundo deve estar com uma dor enorme dentro do coração agora.
Thomas, Aline, Vitória e Henrique estavam molhando os pés, quando três corpos apareceram, arrastados pela correnteza.
- Acho que já deu pessoal, pelo visto o mar esta contaminado -disse Thomas, desviando dos corpos.
Então, o soldado assobiou, alertando todos para voltarem. Feito isso, todos retornaram e o Soldado Camargo estava com um binóculo, olhando para o outro lado da faixa de areia.
- O que esta vendo? – perguntou Thomas.
- Vimos uma aglomeração mais a frente. Não da pra saber se são zumbis ou não -respondeu o Soldado Nogueira.
- Tem muitos, mas parecem estar parados, deve ser uma concentração de zumbis – alertou o Soldado Camargo.
- Vai anoitecer, vocês viram que o navio esta longe, teremos que bolar um plano para chamar a atenção deles. Eles precisam saber que estamos aqui -disse o Soldado Nogueira.
- Podemos usar o fogo, queimar alguma coisa – sugeriu Thomas.
- Mas a aglomeração de zumbis não esta longe daqui, eles também iriam ver e chegariam aqui mais rápido que os militares -disse Brenda.
- Vamos ver essa casa -disse Fernandes, apontando. – Vamos passar a noite aqui, é o lugar mais seguro que temos agora.
* * *
O outro grupo não estava tão distante dali e também resolveram escolher um lugar para passarem a noite. Então, também ficaram em uma casa abandonada.
* * *
Já era noite e o grupo na praia ainda estava na espera dos militares, eles estavam em silêncio, e alguns estavam próximos a pequenas fogueiras. Foi quando ouviram o barulho de veículos se aproximando. Eram os veículos misteriosos que estavam chegando na praia. Todos ficaram assustados com a cena. Os veículos pararam de frente para o grupo e agora, apenas as luzes dos veículos iluminavam o local.
De longe, alguém gritou:
- Estamos salvos! São os militares!
Nisso, todos começaram a pular de alegria e vibraram com a notícia. Mas o momento de felicidade foi interrompido por uma explosão super forte que clareou o mar. Uma bola de fogo deu lugar ao navio, e o som da explosão chegou forte na praia. Eles não sabiam o que estava acontecendo.
O grupo de Fernandes e Lisandra também ouviram o barulho.
Na casa, onde o grupo de Fernandes estava, por ser mais próximo da praia, eles olharam pela janela e viram a bola de fogo no mar.
- Meu Deus, o que será que aconteceu? – perguntou Vitória.
*
- Que barulho foi esse? – perguntou Nanda.
- Não sei, fiquem atentos – comentou o soldado Wesley.
- Alguma coisa explodiu e não foi tão longe daqui – comentou Richard.
Na praia, todos ficaram assustados e em silêncio.
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