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* ANTEPENÚLTIMO CAPÍTULO *
*Capítulo não recomendado para menores de 18 anos*
As chamas ainda eram intensas e a bola de fogo já havia se dissipado. As pessoas na praia ainda estavam lá, de olho no navio que havia explodido. Em seguida, a atenção se voltou contra a frota de veículos que havia acabado de chegar. Os mascarados começaram a descer dos veículos armados e apontaram para os sobreviventes.
- O que estão fazendo? -perguntou um rapaz, porém não obteve respostas.
Em seguida, os mascarados começaram a abrir fogo contra os sobreviventes. Um massacre começou na praia. As pessoas começaram a correr, mas muitos já haviam sido baleados. De longe, na casa, o grupo de Fernandes e de Lisandra conseguiram ouvir os disparos que ecoavam.
Na curiosidade, o grupo de Fernandes decidiu espiar e saíram para a rua, eles estavam com pequenas lanternas mas a escuridão era grande. Enquanto isso; Thomas, Aline, Vitória e Henrique ficaram dentro da casa.
- Assim não da. Na primeira oportunidade eles vão nos descartar -disse Thomas.
-Descartar? Como assim? -perguntou Aline.
-Igual fizeram com a Isa. Inclusive, o que fizeram com ela foi extremamente desumano.
-Você fala isso baseado no acidente com o tanque, não é? Aquilo foi um acidente, como iríamos ajudar? Sendo que o tanque despencou e sumiu no meio da mata? -perguntou Aline.
-Estou querendo dizer que, quando estivermos em perigo, eles não vão nos ajudar.
-Mas estão nos ajudando desde que encontramos eles, estamos unidos, Thomas -disse Henrique.
- Unidos estamos sim, mas meu pai tem razão nesse ponto -disse Vitória. – Vão nos deixar de lado quando estivermos em perigo, ou em uma situação parecida com a da Isa. Deixaram ela morrer com um bebê ainda. Vocês apoiam isso? Um bebê inocente, que agora já deve estar morta... Isso não se faz.
-Me entende agora, Vitória? Isso é o que eu demorei pra perceber, infelizmente.
- Mas o que querem fazer? Não podemos sair por ai assim, ainda mais que agora chegamos até aqui -disse Henrique.
- Por enquanto nada, fique despreocupado -disse Thomas.
Do lado de fora, o resto do grupo conversava:
- Não podemos ficar aqui expostos, esta escuro demais. Vamos voltar pra dentro -disse o soldado Camargo, porém, ele e Nogueira possuíam equipamentos de visão noturna, e certificaram que o local estava seguro.
Além dos tiros ecoando, alguns gritos eram ouvidos.
* * *
Não tão distante dali, o outro grupo estava atento.
-Eram tiros? -perguntou Nanda.
-Sim -confirmou o Soldado Wesley.
-Temos que ajudar, pode ser algum sobrevivente se defendendo dos zumbis -comentou Lisa.
-Foram muitos tiros -disse Miguel.
- Aguentem a curiosidade, não devemos fazer nada a essa hora da noite, por precaução -disse o Soldado Wesley.
Nesse momento, um caminhão passou pela rua e estacionou metros a frente. Os mascarados desceram e foi possível ouvir que queriam vasculhar as casas e matar os sobreviventes.
- O que vamos fazer agora? -perguntou Camila, desesperada.
-Se escondam e fiquem em silencio. Eles não vão vasculhar a casa toda, muito menos uma por uma! Se preparem -alertou o soldado .
O grupo de escondeu onde dava. Alguns dentro do guarda-roupa, embaixo da mesa, da cama, atrás do sofá; e não demorou muito para que dois soldados parassem em frente a casa.
- Seja rápido, se encontrar alguém, mate. Não vamos dar moleza pra esse pessoal!
-Entendido!
Um ficou na frente da casa enquanto o outro foi para a casa vizinha. Então, com uma lanterna e arma em punho, ele foi se aproximando da entrada. Ele forçou o trinco e conseguiu abrir a porta. Com a lanterna, ele vasculhou a entrada da casa que era uma parte da sala, porém não quis se aprofundar nas buscas. Em seguida ele se retirou, deixando a porta aberta. Outros soldados passaram pela rua, e outro caminhão passou em seguida. Eles já estavam indo para outros bairros.
Vendo que a porta estava aberta, um homem e uma mulher entraram correndo na casa, perseguidos por dois soldados.
- Por favor! Não nos mate! Não fizemos nada!- disse o homem, se ajoelhando, próximo ao sofá, onde Lisandra e Wesley estavam escondidos, porém, o casal perseguido não teve contato visual com Lisandra e Wesley, mas ambos conseguiam ver o casal.
Próximo dali, no mesmo cômodo, Camila estava com Pedro, escondidos dentro de um dos armários. Camila protegeu Pedro, sabendo que o pior já estava por vir.
- Só queremos sair desse caos, só queremos comida e abrigo! Somos inocentes -disse a mulher, também se ajoelhando.
- Calem a boca! – gritou um dos soldados, atirando na cabeça do homem, que morreu ali mesmo. A mulher entrou em desespero ao ver a cena.
- E você vem com a gente! Vai servir pra alguma coisa! -alertou o outro soldado, indo com violência até a mulher e pegando-a pelos cabelos. – VEM LOGO SUA PUTA. QUER QUE EU TE DE UM TIRO NO MEIO DESSA TUA CARA?! ANDA VACA!
- ME LARGA! SOCORRO! ALGUÉM ME AJUDA! SOCORRO!!! – gritava a mulher, sendo arrastada pra fora da casa.
Wesley tentou reagir, mas foi contido por Lisandra. Já não havia mais nada a ser feito.
Do lado de fora, outros soldados estavam esperando. Foi onde ajudaram a pegar a mulher e começaram a rasgar suas roupas. Uma van chegou em seguida, e arrastaram a mulher para dentro e seguiram em alta velocidade.
* * *
Do outro lado do bairro, o grupo de Fernandes, temia que a casa fosse vasculhada, pois os soldados não estavam distantes dali e alguns caminhões já haviam passado pela rua. Eles ficaram revezando o turno da vigia, e estrategicamente, Thomas ficou com o último, que acabaria logo pela manhã. Todos estavam dormindo, exceto Thomas e Vitória. Ambos saíram de dentro da casa e foram direto para um dos carros.
O restante do grupo acordou com o barulho da partida e no impulso, foram para a rua, onde viram Thomas e Vitória indo embora em um dos carros.
- Droga! -exclamou Fernandes.
-Para onde foram?! -perguntou Henrique.
- Fomos traídos – disse o Soldado Nogueira.
- Metade da nossa comida estava naquele carro! -exclamou Brenda.
- O que deu neles? -perguntou Fernandes.
- Agora já foi, não podemos parar. Eles fizeram a escolha deles. Nunca obrigamos ninguém a nos acompanhar -comentou Camargo.
- Verdade, mas também não demos um sinal verde para roubarem nosso carro e nossa comida -disse Brenda.
-Nosso carro? Nossa comida?... Que também roubamos?
- Ontem, Thomas me disse que estava infeliz de estar com a gente -revelou Aline.
- Estou de testemunha – perguntou Henrique.
- Ele estava magoado por termos deixado a Isa pra morrer.
- Então vocês sabiam do plano deles? – perguntou Brenda.
- Calma ai! Não me acuse do que você não sabe! -retrucou Aline
- Não estou te acusando de nada. Foi apenas uma pergunta.
- Pois bem. Ele me disse que éramos descartáveis, que vocês não iam nos ajudar e iam nos abandonar igual fizeram com a Isa. Mas eu não sabia que iam fugir -explicou Aline.
- Ainda perguntei que eles fariam alguma coisa, mas disseram que não -disse Henrique.
- E vocês acreditaram? -perguntou Brenda.
-Já acabaram? – perguntou Fernandes. – O navio, a frota, se foram. Não consigo ver -disse Fernandes, olhando para o mar.
O Soldado Camargo usou um binóculo e confirmou:
- Também não estou conseguindo ver.
- A explosão de ontem... Foi do navio, ele afundou -comentou Nogueira.
- E como que um navio daqueles explode assim? E o resto da frota? Onde esta? – perguntou Brenda.
- O nosso plano era o navio, agora não existe mais navio. O que vamos fazer? – perguntou Henrique.
* * *
O corpo do rapaz morte ontem a noite, estava na frente da casa, já coberto com uns panos e o grupo estava se preparando para deixar o local.
- Esta tudo bem? – perguntou Camila, que estava na cozinha, comendo alguns biscoitos, junto com Pedro.
- Esta. Obrigado por cuidarem de mim. Eu não teria conseguido sobreviver por muito tempo naquele mercado – disse o garoto.
- Não precisa agradecer...
- Vamos pessoal? – perguntou Lisandra, que havia acabado de entrar na cozinha. – Vamos ver o que o dia de hoje nos reserva.
- Para onde vamos? -perguntou Pedro.
- Vamos ver se encontramos o tal navio e quem sabe, uma ajuda de verdade. Não vamos perder a esperança.
- Você? Esperançosa? -perguntou Camila.
- E qual o problema?
- Nenhum.
- Lutamos pra chegar até aqui, não vai ser agora que as coisas vão andar para trás.
O grupo seguiu para o carro e depois foram para a praia. Assim que viraram a rua, já foi possível ver alguns zumbis vivos e algumas pessoas mortas, então, entraram uma avenida que dava de frente para o mar, foi quando viram muitas pessoas mortas na rua e na areia da praia. Camila cobriu os olhos de Pedro, pois o garoto não merecia ver aquela cena.
- Eram sobreviventes? – perguntou Richard.
- Eu acho que sim. Na verdade, eu tenho certeza. Fizeram uma chacina aqui, eles não são seres humanos, são monstros, piores que os zumbis -disse Wesley.
- Tivemos sorte ontem. Onde esta o navio? Não estou vendo nada -disse Camila.
Wesley parou o carro e o grupo ficou em silêncio. O navio não estava lá e uma chacina de inocentes havia acontecido na noite anterior.
- Então é isso? Vamos acabar assim? Tanto esforço pra nada? – perguntou Richard.
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Continua
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