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*Capítulo não recomendado para menores de 18 anos*
- Não podemos ficar aqui parados, temos que continuar a descer -disse Fernandes.
- Mas então não vamos salvar nossos amigos? – perguntou Henrique.
-Não da -disse o soldado. – Não podemos fazer isso, levará muito tempo.
-E se ainda estiverem vivos? -perguntou Brenda.
-Eu não teria tanta esperança assim -comentou o outro soldado.
* * *
No navio, a lancha havia chegado e os sobreviventes já estavam a bordo. O General Ventura não demorou e mandou algemar todos, e então, foram levados para o laboratório, o mesmo onde Solange estava trancada.
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* * *
O Paciente Sete, agora estava em um tubo de vidro, ele estava consciente e bastante debilitado. Afonso, que era a autoridade máxima no local, estava apreciando o paciente, juntamente com o General Ventura, Solange e duas médicas.
- Ele não parece tão debilitado assim – comentou Afonso.
- Quando vou sair daqui? Eu não aguento mais isso! -disse o Paciente Sete.
-Em breve, temos ordens para te soltar. Lembre-se que você assinou um contrato antes de passar por tudo isso. Tudo o que aconteceu com você, foi exclusivamente responsabilidade sua. Você esta ciente disso? – perguntou Afonso, enquanto Solange e Ventura olharam um para o outro, pois ficaram surpresos ao saberem que o paciente teria alta.
-Claro que eu tenho. A minha parte no acordo eu fiz, quero que vocês façam a sua.
-Iremos. Repouse bastante, você será liberado em alguns dias.
Afonso, Ventura e Solange deixaram a sala e foram para o corredor conversarem.
-Vai realmente soltar ele? -perguntou Ventura.
-Sim, o contrato com ele acaba em alguns dias.
-Depois de tudo que fizemos com ele, você não acha que ele vai contar tudo pra mídia? -perguntou Solange.
-Se contar, ele morre ou será transformado em piada nacional, ou mundial, apenas isso.
* * *
No navio, os sobreviventes haviam sido colocados em tubos e passariam pelo mesmo processo que Solange havia passado horas antes. Na praia, a quantidade de sobreviventes só aumentava, todos estavam na espera do retorno da lancha, mas desta vez, o navio estava mais afastado.
Ainda na Serra, a chuva havia parado e o grupo decidiu que continuaria a descer. Como havia vários carros abandonados, eles se dividiram em dois grupos e cada um pegou um carro. Ambos funcionavam perfeitamente, pois o local não parecia ter sofrido com ataques de pessoas normais tentando roubar ou prejudicar os outros para tirarem vantagem na hora do pânico.
* * *
No tanque, Isa havia despertado com Jade chorando. Como estavam em um rio, a água cobria boa parte do tanque pelo lado de dentro, mas ainda estava em um nível razoável. Ferida, Isa acalmou Jade, que já estava em seus braços, visto que Isa protegeu a criança na hora da queda.
-Soldado?! Você esta bem?
Sem respostas, Isa foi checar a situação do soldado, na esperança dele estar vivo, mas o resultado foi negativo. Em seguida, ainda com Jade no colo, ela forçou a porta para sair, após alguns chutes, ela saiu pelo lado do carona. Assim que saiu, ela se viu isolada. Ela estava na beira de um rio, em algum ponto da Serra, cercada pela mata e não sabia o que fazer para poder sair daquela situação. Ainda era possível ver alguns corpos boiando e passando pelo tanque.
-Droga! Como vou sair daqui?!
Como o tanque não havia afundado por completo, ela viu que era possível percorrer o caminho pelo rio, mas não sabia até que ponto ela poderia fazer isso. Então, ela desceu do tanque com cuidado, carregando Jade e entrou no rio. A água chegava até a região da cintura e ela foi andando devagar, beirando a margem. Mais alguns metros a frente, ela encontrou uma área de escape, onde conseguiu sair do rio e se refugiar na mata, que ligava a uma trilha.
* * *
O grupo iniciava a decida pela Serra, rumo ao litoral, quando deram de frente com uma multidão de zumbis famintos. Lisandra e Wesley brecaram seus veículos respectivamente e ficaram sem saber o que fazer a seguir. Wesley estacionou ao lado, desceu o vidro e perguntou:
- Tem ideia do que iremos fazer?
- Não. E vocês?
- Vamos seguir, não podemos mudar o caminho agora. Fechem os vidros e atropelem todos!
Com isso, o grupo se preparou, e, como a pista era de faixa dupla no sentido do litoral, eles aceleraram. Os zumbis corriam em direção aos veículos e Lisandra e Wesley aceleravam ainda mais e atropelavam o máximo que conseguiram. Ao fim do trecho infestado de zumbis, os carros estavam sujos de sangue e alguns trincos nos vidros. Com isso, o grupo estava oficialmente a poucas horas do seu destino final.
* * *
Na praia, os sobreviventes estavam aos montes e alguns se desesperavam e tentavam chegar até o navio nadando, mas era longe e acabavam morrendo afogados. A aglomeração também atraia vários zumbis para o local, e a praia já estava virando um campo de guerra. No navio, Ventura sabia do que estava acontecendo na praia, mas nada fazia para ajudar os sobreviventes. Ele só estava focado em dar continuidade ao plano arquitetado antes, e estava no caminho certo.
Ventura estava na sala de comando com alguns militares, quando o Tenente Ezil chegou e alertou:
- General, a nossa cápsula principal esta cheia, temos que liberar o vapor.
- Negativo. Se a gente liberar o vapor, a substancia dos testes se perderá para sempre. Isso custou caro, ainda vamos usar em outros experimentos para termos a certeza.
- Entendido, inclusive, também quero avisar que o terceiro teste vai começar.
- Ok, vou acompanhar de perto isso.
* * *
O grupo havia terminado de descer a Serra e estavam entrando no trecho urbano da cidade, antes, fizeram uma parada para se organizarem melhor.
- Chegamos pessoal – disse o soldado. – Agora, nosso foco é chegar na base militar aqui perto, existe uma lancha, é ela que vamos pegar e seguir para o navio.
- Prestem atenção, estamos novamente na área urbana, vamos encontrar mais zumbis. Então, protejam uns aos outros, não podemos falhar agora -alertou o outro soldado. – Estão prontos?
Todos fizeram um sinal positivo, e em seguida entraram no carro. Faltavam agora, poucas horas para atingirem o objetivo principal e quem sabe, a salvação.
* * *
O grupo já havia percorrido boa parte da Serra e conseguiram passar o trecho de deslizamento, então, também estavam quase no fim de seu destino.
* * *
Isa percorreu a trilha e chegou em uma casa abandonada, ela estava cansada e não conseguia mais andar e também estava com fome. A situação de Jade era pior. Assim que ela entrou na casa, foi logo na cozinha buscar comida, mas não encontrou nada. Jade começou a chorar bastante, indicando que estava com muita fome também, mas não havia nada no local, nem para Isa e nem para Jade. Isa vasculhou ainda mais, mas encontrou apenas uma pistola. Nisso, ela ouviu umas batidas vindo do quarto dos fundos.
Mesmo com medo, ela foi até o quarto, com Jade em um dos braços e apontando a pistola com o outro. As batidas não paravam e a curiosidade de abrir a porta era grande. Com cuidado, e devagar, ela foi girando a maçaneta, então, ela se afastou da porta e deu um chute forte, fazendo a porta abrir. Nisso, ela recuou bastante e conseguiu ver o que não queria: Zumbis famintos.
Eram cerca de quatro zumbis no quarto, que assim que viram Isa, avançaram. Isa efetuou um disparo mas errou, em seguida, ela correu com Jade e se trancou no banheiro. A situação piorou. A porta não havia chave para trancar, apenas a força do corpo de Isa era o que mantinha a porta fechada. Mas ela estava cansada, com fome, estava em seu limite. A medida que os zumbis batiam na porta, a porta abria um pouco e Isa perdia mais força.
Ela se abaixou e colocou Jade no chão, que ainda chorava. Com as mãos livres, ela colocou o cano da pistola para fora e atirou, sem saber se acertaria os zumbis. Foi uma tentativa estúpida, pois serviu apenas para gastar munição, que agora só restavam três tiros. Sem forças, e sem saída, Isa mirou em Jade.
-Desculpa filha, eu sempre vou te amar e te proteger, mas agora não existe outra saída -disse Isa, chorando em silêncio, enquanto os zumbis forçavam ainda mais a porta.
No primeiro disparo, ela errou e ficou ainda mais em pânico. Então ela aproximou a arma da cabeça da criança e efetuou o disparo, mas a arma travou e o tiro não saiu.
-DROGA!!! DEUS, ME AJUDA! -gritou Isa desesperada.
Do lado de fora, um zumbi se aproximava da casa, quando dois disparos ecoaram.
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