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Se sentindo mal e tonta, Solange acabou caindo no chão, mas ainda estava consciente.
- O que tinha na seringa?
- Você esta colocando a operação em risco, querendo salvar os civis. Isso não é certo e eu não vou permitir que você faça isso. Temos ordens superiores e você atropelou todas! Desde a super base, onde nós estávamos!
Por um momento, Solange acabou desmaiando.
*Tempos atrás, em um local indefinido*
Parecia um hospital, era escuro, com pouca iluminação e de longe, alguns gritos ecoavam pelos corredores. Uma equipe médica com três homens caminhavam em direção a uma das salas, até que entraram. Nesta sala, havia uma maca onde um homem estava deitado e alguns fios de eletricidade envolviam o seu corpo. Um dos médicos aplicou uma substancia desconhecida no rapaz e o outro ligou a energia. O rapaz estava sendo torturado e sendo usado de cobaia para algum tipo de experiência. Exausto, ele já não gritava mais e nem sentia mais as dores provocadas pelo choque elétrico, parecia estar em outra realidade.
Em uma sala secreta do local, uma mulher e dois homens observavam o rapaz que estava sendo torturado através das câmeras que estavam espalhadas pelo local.
- Isso nem chega perto do paciente número sete -disse um dos homens.
- Isso é loucura e você sabe -disse Solange.
- Somos pagos pra isso Solange, você bem sabe.
- Eu quero ver a situação do Paciente Sete, de preferência agora -disse o outro homem, o qual demonstrava ser autoridade máxima naquele local.
-Deveríamos parar com os testes no Paciente Sete -sugeriu Solange.
- Parar logo agora que tivemos um resultado agradável? -disse o General Ventura, entrando na sala.
- Apesar de eu gostar de algumas ideias suas, Solange, essa é de longe uma das mais piores. Se ponha no seu lugar e faça o seu trabalho. Afinal, você assinou um contrato para isso, então você sabe muito bem das consequências caso queira desistir.
- Eu sei muito bem disso. Mas devo alertar que eu também tenho autoridade para dizer quando os testes devem parar. Não vamos colocar esse lugar em risco -respondeu Solange.
-Senhor-disse Ventura, se dirigindo ao homem que comandava o local. - Escute, Solange é uma mulher inteligente, preparada. Mas ela também é cautelosa, não precisa se estressar com ela, ela sabe o que faz.
- Virou advogado dela agora? Vamos logo, quero ver os resultados.
* * *
O grupo estava conversando e se conhecendo, quando trovões começaram a ecoar.
- Vamos unir nossas forças então, já que estamos no mesmo caminho -disse o soldado Wesley.
- Tudo bem. Devemos esperar ou iremos seguir agora mesmo? Essa chuva vai nos atrapalhar – comentou Lisandra.
- Vamos seguir. Precisamos suprir o tempo, já que não vamos andar de noite -disse o soldado.
- Conseguimos algumas coisas nesta casa, mas não deve durar muito -disse Gaspar.
- Temos no nosso carro. Não se preocupem, iremos dividir. Ninguém ficará pra trás -disse Richard.
* * *
Na serra, rumo ao litoral. A chuva havia parado, mas ainda era possível ver raios caindo e trovões ecoando. Os soldados no caminhão pararam, pois a passagem estava bloqueada por um deslizamento de terra. O tanque parou em seguida e um dos soldados alertou sobre o perigo. O motorista do tanque desceu, foi até o local e disse:
- Da pra passar, mas não com o tanque cheio.
- Peça para eles descerem, vamos cruzar esse trecho a pé, e você vem em seguida com o tanque.
- Tudo bem.
O grupo desceu do tanque e enquanto conversavam, Thomas chamou Vitória de canto, para terem mais privacidade.
- Filha...
- Eu não quero conversar.
- Mas você tem que me ouvir. Você acha que a morte da sua mãe não esta doendo em mim também? Claro que esta. Eu não queria ter feito toda aquela confusão, ainda mais na sua frente, na frente de todo mundo.
- Eu sinceramente não quero tocar nesse assunto agora, pai -disse Vitória, desviando o olhar. – Só quero esquecer tudo isso por um momento. Quero ter o meu momento sozinha -completou Vitoria, se afastando e voltando para perto do tanque.
- Esta tudo bem? – perguntou Henrique.
- Esta.
- Com o caminhão não da pra passar, vamos ter que abandonar e seguir novamente só com o tanque.
Nisso, o tempo foi limpando e já era possível ver o mar e a cidade logo abaixo, ainda distante.
- Olhem! – apontou Isa, para o mar, onde um navio estava parado, porém, longe.
-A Marinha! -exclamou Aline.
- Temos que dar um sinal, eles precisam saber que estamos aqui -disse Brenda.
- Não temos sinalizadores -disse o soldado, acabando com a felicidade do grupo.
* * *
No mar, uma lancha deixou a frota da Marinha a foi em direção a praia, visto que a chuva já havia parado. Cerca de cinco soldados estavam na embarcação, porém havia espaço para mais pessoas.
Na praia, apesar dos corpos e sujeira, havia um grupo de dez pessoas pedindo socorro para os militares. Eles estavam contentes pois a lancha e consequentemente o socorro estavam a caminho.
-Graças a Deus! -agradeceu uma mulher.
A lancha parou em um certo ponto, e quatro soldados desceram. Passando pela água do mar, ainda no nível do pescoço, os militares chegaram aos sobreviventes.
- Nos ajudem! -pediu um senhor de idade.
- Não cabe todo mundo na lancha, levaremos alguns.
-Façam mais viagens, podemos esperar -disse um rapaz.
Sem medir esforços, os soldados começaram a disparar contra os sobreviventes, deixando apenas uma garota e dois homens vivos. Logo, os três sobreviventes foram forçados a seguirem para a lancha. Nessas condições, os três já estavam abalados demais para reagirem, afinal, de certa forma, eles estavam sendo salvos. Já com a lancha indo embora, mais pessoas começaram a chegar na praia, em busca de socorro. Porém não haviam presenciado o massacre antes, e, decidiram ficar por ali, na esperança da lancha retornar.
* * *
O grupo já havia passado pelo trecho do deslizamento de terra e mais a frente, estavam esperando o tanque passar. O tanque era pesado e foi aos poucos passando pelo deslizamento, porém, o tanque escorregava se aproximando da ribanceira. O tempo voltou a se fechar e uma chuva leve começou a cair, deixando o solo ainda mais úmido.
Havia uma cachoeira próximo ao grupo, e a água descia com violência, chegando a molhar a pista. A chuva ficou mais forte e o grupo não tinha como se proteger. Isa tentou cobrir Jade com alguns panos, mas foi em vão, Jade também se molhava bastante.
Mesmo escorregando, o tanque conseguiu passar e parou em frente a Isa, então, com Jade, elas foram as primeiras a entrar. Nisso, o grupo ouviu um forte estrondo. Era mais um deslizamento de terra, desta vez, vindo de encontro ao grupo. Na mira, o grupo correu e se separaram, o deslizamento atingiu em cheio o tanque. Com a força do impacto, o tanque foi arrastado ribanceira abaixo, levando o soldado, Isa e Jade.
- Meu Deus! -exclamou Brenda, vendo a horrível cena.
O tanque desceu capotando e batendo em várias árvores, até que caiu em cheio dentro de um rio.
O grupo ficou dividido, Brenda, Thomas e Henrique ficaram de um lado da pista, enquanto o resto, do outro. A chuva parou e, já com todos molhados, o grupo onde estava Fernandes teve que se arriscar na lama para passar e se encontrar com o grupo de Brenda. Eles se ajudaram e não tiveram muita dificuldade para atravessarem.
- Temos que que ajudá-los! -exclamou Thomas.
- Não podemos -alertou o soldado.
-Temos que descer, tudo o que tínhamos estava naquele tanque. Precisamos ajudar o soldado, e principalmente a Isa com a Jade! -disse Fernandes.
Henrique foi até a ribanceira, mas não tinha contato visual com o tanque.
- Não estou vendo eles!
- O que vamos fazer agora? – perguntou Aline.
* * *
Solange estava em uma espécie de laboratório, dentro de uma cápsula de vidro, onde estava sendo examinada por uma equipe médica.
-Pode ligar- disse o médico, para o outro, onde apertou um botão na cápsula e uma névoa branca tomou conta, fazendo Solange desaparecer. Segundos depois, tudo voltou ao normal, mas desta vez, Solange estava diferente. Ela parecia estar delirando e não falava nada concreto, apenas palavras desconexas e aleatórias. Os batimentos estavam um pouco alto.
- Não estamos tendo o efeito esperado. Vamos esperar a carga.
- Aumente a potência.
- Não da, não vai sobrar para os outros. Precisamos produzir mais.
Solange começou a vomitar sangue e despertou a atenção da equipe médica.
- Esta acontecendo!
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