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Após as desculpas de Thomas, houve um breve silêncio dentro do tanque, silêncio este que foi quebrado por Brenda:
- Provavelmente eu faria o mesmo.
Após a fala, todos olharam para Brenda, surpresos, inclusive Fernandes. Ela continuou:
- Você estava na sua razão, Thomas. Não adianta pagar de certinho e moralista aqui não! Ninguém tem o direito de tirar a vida de uma pessoa que você ama!
Com isso, o soldado que havia sido o alvo de Thomas anteriormente, e era quem estava dirigindo o tanque, brecou o veículo e disse:
- Escuta aqui garota! Todos nós já fizemos ou vamos ter que fazer uma escolha difícil em algum momento. Você e o Thomas, se não estiverem contentes, saiam do tanque. Eu não vou querer ficar carregando gente que só sabe criticar não!
- Não foi isso que eu disse! -rebateu Thomas.
- Só sei criticar? Quem esta dando show aqui é você! Soldadinho! -rebateu Brenda.
Um bate boca começou entre os três, até que Vitória gritou:
-GENTE, CHEGA! CHEGA!
Jade começou a chorar e Isa começou a acalma-la.
-Não vai adiantar nada ficar aqui batendo boca -disse Fernandes. -Thomas já pediu desculpas pelo que fez. Acho que esse assunto acaba aqui.
O soldado voltou a andar com o tanque e mais uma vez o clima ficou silencioso.
* * *
No supermercado, onde Pedro havia sido encontrado, uma outra van havia chegado. Dois mascarados desceram e foram até a van que havia sido interceptada pelo grupo de Lisandra. Eles analisaram a situação, viram os corpos da antiga equipe e em seguida acionaram o rádio:
- Central, realmente temos um problema. Nossos amigos estão mortos e a van foi exposta. Nossos planos podem ter sido descobertos.
- Absurdo! -respondeu a voz do outro lado do rádio. – Tragam essa van de volta. Estamos indo para um nível superior agora, quero que voltem para a base para retirarem o novo equipamento.
* * *
O grupo estava no carro a caminho do litoral, mas ainda estavam em uma área com bastante casas.
- Provavelmente chegaremos amanhã de tarde, não podemos arriscar indo de noite -disse o soldado Wesley, que estava dirigindo.
-Temos que parar e tentar achar comida. Ainda não se alimentamos de luz solar e não temos nada praticamente -disse Miguel.
Wesley parou o carro e disse:
- Casas aqui não faltam. Vamos juntos, vasculhar.
- E o carro? Alguém precisa ficar -disse Lisa.
- Ficar pra que? Quem vai roubar? – perguntou Nanda.
- Talvez outros sobreviventes, devem ter muitos ainda.
- Não tenho mais essa esperança -respondeu Nanda.
-Vamos logo, tempo é raro aqui -disse Gaspar.
O grupo desceu do carro e juntos, foram até uma casa próxima. Já era tarde e mais uma vez, o clima estava anunciando uma forte chuva que estava prestes a chegar. O grupo abriu o portão da casa sem dificuldade, em seguida, foram até a entrada.
- Deve ter gente morta, estão sentindo esse cheiro horrível? -perguntou Nanda.
- Sim, coitado do nosso nariz -comentou Lisa.
-Fiquem atentos, pode ter algum zumbi lá dentro -alertou o soldado Wesley, abrindo a porta cuidadosamente.
Assim que ele abriu a porta, o grupo logo viu dois corpos no chão em decomposição e um zumbi se alimentando de um. O zumbi olhou para o grupo mas ignorou, preferiu ficar onde estava, continuando a comer o corpo em decomposição. Devido ao cheiro forte, todos tamparam o nariz e a boca. O soldado Wesley se aproximou do zumbi e deu-lhe um chute forte, com isso, o zumbi caiu no chão e ficou lá.
- Esse zumbi esta morrendo de fome, conseguem notar isso? – perguntou Gaspar.
- Sim, uma boa notícia então. Isso explica a diminuição de zumbis ativos nas ruas e o aumento de corpos -disse o soldado Wesley. – Vamos ver se ainda tem comida aqui.
A casa era de tamanho médio com cinco cômodos, e o grupo se dividiu. Nisso, o grupo ouviu o barulho de um carro se aproximando, então, Gaspar foi espiar pela janela e alertou aos outros:
- Temos companhia!
Na rua, o carro parou atrás do carro do grupo, era Lisandra e seus amigos.
- Estranho esse carro parado ai -comentou Camila.
- Sobreviventes, talvez? – perguntou Richard.
- Vamos conferir -disse Lisandra, descendo do carro, em seguida, Camila, Richard e Pedro fizeram o mesmo. Lisandra foi até o carro e abriu a porta, nisso, escondido na casa, o soldado Wesley gritou:
- Afastem-se do carro ou eu vou atirar!
Lisandra e os outros recuaram, e se abaixaram. Eles não sabiam de onde vinha a voz.
- Calma! Temos uma criança aqui! Só estamos procurando comida -disse Richard. – Não somos inimigos.
Sentindo confiança, Wesley decidiu sair da casa, ainda apontando a arma para o grupo. Então, eles tiveram contato visual.
- Abaixe a arma, não somos inimigos-disse Camila.
- Tudo bem, podem se levantar -disse o soldado, abaixando a arma. -Esta limpo pessoal, podem vir.
Lisa, Nanda, Miguel e Gaspar, deixaram a casa e também tiveram contato visual com o grupo.
- Vocês são do exercito? – perguntou Pedro.
- Só eu -respondeu o soldado. – O que estão fazendo por aqui? Pra onde estão indo?
- Estamos indo para o litoral -respondeu Lisandra. – E vocês?
- Também estamos. Mas qual o motivo de irem para o litoral também?
- Ouvimos uma transmissão, na qual dizia que a Marinha esta na costa brasileira, no litoral do estado. Eles estão oferecendo abrigo, comida e segurança -disse Lisandra.
* * *
No tanque, o grupo já estava acessando a rodovia que dava acesso ao litoral, quando o tanque parou e o motorista alertou:
- A estrada esta bloqueada.
- Bloqueada como?
A rodovia havia se tornado um verdadeiro estacionamento, bloqueando o transito e o pior: Continha apenas duas faixas no sentido do litoral, com poucas áreas de escape.
-Passa arrastando tudo. Não vamos conseguir tirar carro por carro da frente.
- Certo. Se segurem pessoal.
O tanque acelerou e foi batendo e arrastando os carros pela frente. Em alguns trechos o caminho estava livre, mas em outros, mais carros estavam atrapalhando. Mais uma vez, o tanque parou.
- O que foi agora?
- Não da pra empurrar esses -disse o motorista, apontando para duas carretas que estavam em fila dupla, paradas logo a frente.
- Ótimo! Vamos descer, talvez dê pra tirar – disse o soldado, descendo do tanque, junto com o outro.
O tempo começou a escurecer. O soldado olhou por debaixo dos caminhões para se certificar de que não havia nenhum zumbi por ali e, então, foi até a cabine do veículo. Assim que abriu a porta, um zumbi, que provavelmente era o motorista, avançou contra o soldado. O seu parceiro retirou o zumbi de cima do soldado e com espaço livre, efetuou um tiro na cabeça do zumbi.
Em seguida, ele entrou no caminhão e conseguiu dar a partida. O outro soldado que estava do lado de fora, foi até o tanque, conversou com o motorista e em seguida retornou.
- O que houve?
- Vamos seguir com o caminhão, abrindo caminho para o tanque -avisou o soldado, entrando no caminhão. Nesse momento, uma forte chuva com granizo começou a cair. E nessas condições, seria impossível seguir caminho.
* * *
No PHM Atlântico, Solange estava pensativa, até que decidiu desligar o rádio, que estava programado para transmitir a mensagem.
- Consciência pesada, Solange? – perguntou o General Ventura, que havia acabado de entrar na sala.
- Só se for a sua. A minha esta limpa.
- Limpa? Tem certeza? Você é uma hipócrita!
Solange se colocou na frente de Ventura e, olhando nos olhos do militar, ela disse:
- Presta atenção em como se dirige a mim! Ainda sou eu quem dou as ordens por aqui! Fique você sabendo que, eu vou fazer de tudo pra poder reerguer esse país, precisamos de união! Estamos todos do mesmo lado e estamos perdendo!
- Belas palavras -disse Ventura, sacando uma seringa e enfiando no braço de Solange. No reflexo, ela deu um soco no rosto do general, mas isso não evitou que o líquido fosse injetado em seu corpo.
- O que é isso? O que você fez? – perguntou Solange, se sentindo fraca e tonta.
- Basta Solange! Seu comando acaba aqui, e desta vez é por definitivo!
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