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Para a sorte do próprio Thomas, o tiro havia sido desviado para cima. A garota recém chegada estava prevendo que Thomas atiraria e rapidamente correu para evitar o pior, levantando o braço de Thomas, e evitando que o tiro acertasse o alvo. O grupo se assustou com o disparo e todos se abaixaram. Os dois soldados foram até Thomas rapidamente e seguraram o rapaz, enquanto o terceiro, que era o alvo, retirou sua arma e deu-lhe um soco no rosto.
- Presta atenção! Olhe o que você acabou de fazer!
Após a fala, o outro soldado alertou:
- Precisamos ir logo! Ele esta vindo!
Todos entraram no tanque. Vitória foi a ultima, pois estava se despedindo de sua mãe. A garota recém chegada estava chorando bastante. E então o grupo seguiu viagem. Brenda resolveu se aproximar de Vitoria para consolar a garota, enquanto Isa fez o mesmo, com a recém chegada.
- Como é seu nome?
-Me chamo Aline -respondeu a garota, secando as lagrimas de seu rosto.
* * *
No prédio, o grupo começava a entrar para poder descer. Apenas o soldado possuía uma lanterna, o que dificultava a situação, visto que havia pouca iluminação natural chegando nos corredores. Era um prédio residencial, o que fazia o grupo ficar ainda mais atento.
- Fiquem em silencio e atrás de mim -disse o soldado. E todos seguiram em fila única pelo corredor, onde havia uma placa indicando a saída através das escadas. O grupo continuou e chegou ao local indicado. O soldado abriu a porta e tiveram acesso as escadas.
- Esse lugar ta podre! -disse Lisa.
Eles continuaram a descer e mais a frente encontraram um corpo; descendo mais alguns degraus, havia uma porta que dava acesso a outro corredor e ela estava se movendo, até que parou. O soldado foi o primeiro a passar e com a lanterna, observou o corredor, mas não havia nada; então continuaram a descer.
* * *
Lisandra estava na estrada, ainda pela área urbana. Haviam muitos corpos pelas ruas e calçadas já se decompondo virando comida para os animais, além disso, muita sujeira e carros abandonados.
- Faz tempo que não vemos um zumbi na ativa, pra todo lado só vemos corpos e mais corpos -comentou Richard.
- Estão morrendo de fome, o que é um bom sinal, eles precisam de comida. Por outro lado, significa que boa parte da população da cidade também já deve estar morta -disse Lisandra.
- Achamos o Pedro, podemos achar alguém vivo ainda. Óbvio que não tem só a gente -disse Camila.
- Ainda tenho esperança também -comentou Lisandra.
Nesse momento, dois pássaros se chocaram contra o para-brisa do veículo consecutivamente, forçando Lisandra a parar. Em seguida, mais dois, mas desta vez, no capô do veículo.
- O que esta acontecendo? – perguntou Camila.
- Não sei -disse Lisandra.
- Continua -disse Richard, enquanto Pedro observava a situação.
Assim que Lisandra virou em uma das ruas, se deparou com o asfalto cheio de aves mortas e alguns zumbis comendo o que restou.
- Não tinha outro caminho? Um mais agradável? – perguntou Richard.
- Não, uma hora ou outra teríamos que enfrentar a área urbana -respondeu Lisandra, continuando a seguir pela rua. Um zumbi tentou correr para alcançar o carro, mas não conseguiu.
* * *
Longe dali, no mar, haviam cerca de cinco navios da Marinha Brasileira que estavam próximos a praia. A areia ainda era visível, mas junto com ela havia corpos, sujeira, animais mortos e alguns cadáveres boiando na água do mar, próximos a areia. Solange estava no comando da frota dos navios, o dela era o PHM Atlântico, com cerca de duzentos e três metros de comprimento, um porta-helicópteros com quatro canhões e capacidade para até 800 fuzileiros, porém; o time não estava completo. Os outros quatros eram de porte pequeno, focados em ter uma boa velocidade e espaço para cargas; que também não estavam com o time completo.
No centro de comando, Solange estava apreensiva e olhava em direção a praia. Um dos soldados chegou e avisou:
- Senhora, terminamos os reparos na comunicação.
- Algum registro de mais algum barco ou navio?
- Infelizmente não.
- Não é possível que só tenha restado a nossa frota! Eu custo a acreditar nisso!
- Qual será o plano agora?
- Estamos aqui faz uns dias e nada. Vamos organizar umas equipes e vamos começar a voltar para a terra firme novamente. Não podemos ficar aqui esperando. E o rádio?
- Sim, senhora. Nosso rádio já voltou a funcionar, inclusive recomendo testá-lo agora.
-Finalmente, agora podemos ter uma chance real de resgatar sobreviventes -disse Solange, indo até o rádio transmissor. Então ela iniciou uma transmissão:
- Aqui é a comandante da Marinha, estamos no litoral de São Paulo. Temos comida, abrigo e segurança. Se alguém estiver ouvindo, saiba que ainda há esperança! Estamos esperando por vocês”.
Foi uma mensagem 'seca', porém objetiva. Em seguida, o soldado disse:
- A transmissão será repetida de 6 em 6 horas senhora.
- Ótimo. Agora reúna o pessoal, vamos ter que fazer a contagem de suprimentos que ainda temos, munição, tropas, essas coisas. Quero uma equipe pequena pronta, avise que vamos para a terra firme.
* * *
Na estrada, o grupo do tanque estava em um silêncio profundo. Porém era visível o estresse e a dor de cada um. E assim permaneceram. Enquanto isso Lisandra estava seguindo viagem quando foi obrigada a parar. Um trem bloqueava o acesso ao outro lado do bairro.
- Ótimo -disse Lisandra.
Ao redor havia algumas casas, mas o bairro estava tranquilo.
- Vamos ter que dar a volta -disse Camila.
- Não da pra tirar esse trem dai? – perguntou Pedro, o garoto.
- Olha, não é uma má ideia, mas ninguém aqui sabe conduzir um trem -respondeu Richard.
- Fazer um desvio vai nos custar uns 30 minutos a mais -disse Lisandra.
- Não é tanto, mas faz diferença -disse Richard, saindo do carro.
- Onde você vai? – perguntou Camila.
- Vou tentar tirar esse trem daqui -respondeu Richard, indo em direção ao trem.
- Esse Richard inventa cada coisa -comentou Lisandra.
Camila também desceu do carro, Lisandra e Pedro ficaram. Richard foi até a cabine do trem e ao abrir a porta, um cadáver caiu no chão. Ele se assustou, mas logo se recuperou do susto. Ele olhou para Camila que estava um pouco atrás dele e ela fiz sinal positivo para ele continuar. Ele entrou na cabine, analisou alguns botões e resolveu apertar um, que na verdade era o do rádio.
-O rádio esta funcionando -disse Richard, para Camila. Richard foi trocando de frequência, até que conseguiu achar a transmissão da Marina. - Venham! Vocês precisam ouvir isso! -alertou Richard.
Não demorou muito e o grupo já estava próximo a cabine, ouvindo a transmissão.
- Temos uma chance real agora! -exclamou Camila.
- Finalmente! Temos que ir logo então. Não podemos perder tempo! -comentou Lisandra.
- Quanto tempo até lá? – perguntou Camila.
- Se continuarmos, amanhã cedo ou de tarde. Não vamos andar de noite. Sem contar com imprevistos -disse Lisandra.
- Vamos então. Não da pra passar com o carro nesse vão pela frente? – perguntou Camila.
Lisandra foi até a frente do trem, analisou e viu que o espaço era curto demais, pois as cancelas ocupavam o espaço necessário.
- As cancelas...
-Passa por cima -disse Camila.
-E destruir o carro? Não, obrigada. Voltem logo. Vamos fazer o desvio -disse Lisandra.
Richard desceu da cabine e disse:
- A transmissão parou.
- Provavelmente tem horário específico. Demos sorte -disse Camila.
O grupo voltou para o carro e Lisandra manobrou para voltar e ter acesso a outra alternativa.
* * *
No prédio, o grupo já estava nivelado com a rua, quando o soldado atentamente abriu a porta e teve acesso a recepção do prédio. A luz do Sol iluminava bastante a área, e foi possível ver alguns corpos, muita sujeira e a parte principal: A saída.
- Esta limpo, vamos.
-Ainda bem -disse Nanda.
O soldado seguiu em frente e discretamente observou a rua. Estava vazia, um silencio horrível tomava conta do bairro. Ele deu sinal positivo, e o restante do grupo o-seguiu.
-O que houve com os zumbis? -perguntou Nanda.
-Devem estar mortos também -respondeu Gaspar.
Já na rua, eles foram direto para um dos carros que estavam abandonados, o primeiro não funcionou. O segundo ligou, e o soldado alertou:
-Entrem. Este esta com metade do tanque cheio.
O grupo entrou e Miguel perguntou:
- Como vamos arrumar combustível? Metade do tanque não chega no litoral.
- Primeiro vamos sair daqui, vamos logo pra estrada, combustível dos outros carros não vai ser difícil pegar -disse o Soldado.
-Zumbis -disse Lisa, olhando para trás, onde cerca de três zumbis vinham correndo em direção ao veículo.
O soldado acelerou e eles saíram do local.
* * *
No tanque, Thomas quebrou o silêncio:
- Escutem...Cada um encara tudo isso de alguma forma, eu entendo, mas eu gostaria de pedir desculpas por ter agido daquela forma. Coloquei muitas pessoas em risco, cheguei em um ponto em que perdi a razão e noção de tudo. Aquele não era eu, era minhas emoções mais profundas, ganhando a realidade. Eu jamais teria coragem de ferir uns de vocês. Somos uma família, lutando pela sobrevivência e, agora eu analisei tudo e cheguei a conclusão que, se eu perder algum de vocês, eu estarei perdendo uma parte de mim também.
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CAPÍTULO 27
CAPÍTULO 27
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