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-Você esta com fome? -perguntou Richard.
-Estou.
-Estamos procurando comida. Você sabe me dizer se tem alguma coisa sobrando por aqui ainda? – perguntou Lisandra. -Também temos algumas coisas no carro, pode comer se quiser.
-Lá dentro do mercado ainda tem umas latas de comida, não sei bem ao certo o que é. Acredito que deva ter pouca coisa agora -disse o garoto.
-Vamos até lá então -disse Lisandra.
* * *
- Já que todos querem ir para o litoral, não podemos perder tempo. Vamos até a cidade primeiro, precisamos tentar encontrar mais combustível e suprimentos -disse um dos soldados.
-Zumbis! -alertou Henrique, que estava na janela. Eram três que estavam andando do lado de fora, próximos a rua.
- Vários outros podem começar a chegar. Temos que agir agora -disse o outro soldado. Com isso, o grupo começou a se mobilizar para deixar o local.
* * *
No mercado, o grupo havia conseguido bastante água e alguns enlatados. Combustível não era o foco no momento, pois eles possuíam uma certa quantia ainda estocada. Lisandra estava na van com os outros, dando uma ultima espiada, quando viram que a seta azul estava mais próxima.
- Esta vindo na nossa direção -disse Lisandra.
- Temos que ir embora agora. Não podemos arriscar -comentou Camila.
Então, o grupo deixou o local rapidamente e foram para o carro, que ainda estava estacionado em um ponto escondido do bairro, no meio de uma pequena mata. Richard guardou os suprimentos no porta-malas e pegou um pacote de biscoitos. Em seguida, ele entregou para o garoto.
- O carro esta cheio, uma boa notícia, mas a má é que ele esta cheio também -comentou Richard.
-Poderíamos pegar a van, teríamos mais espaço -comentou Camila, enquanto entrava no carro, junto com Pedro, que comia os biscoitos.
- Também pensei nisso, mas não seria uma boa ideia. A van com toda a certeza é rastreada - comentou Lisandra, que já estava dentro do carro.
Começou a chover, Richard fechou o porta-malas, entrou no carro e perguntou:
-Vamos fazer o que agora?
-Ir embora. Mas estou com medo -disse Lisandra.
- Do que?
- Daquela seta azul. Vamos esperar. Se sairmos agora, podemos ir de encontro com o que quer que seja a seta.
* * *
O grupo entrou no tanque e então, pegaram a estrada rumo a cidade mais próxima. Uma chuva fraca começou a cair e a temperatura também.
- Estamos bem no interior do estado, provavelmente vamos ter sorte nas cidades pequenas, ou não -comentou o soldado motorista.
Nesse momento, a chuva ficou super forte e ela veio acompanhada de fortes rajadas de vento e granizo. O motorista teve que parar, pois ele não tinha visibilidade suficiente para seguir.
* * *
Na cidade, o grupo que estava no topo do prédio, teve que se refugiar em uma salinha do andar, pois eles ainda não tinham vasculhado o andar debaixo, temendo estar infestado por zumbis. A chuva também era forte e não dava sinais de que ia parar tão cedo. Todos estavam em silêncio, observando a chuva pela pequena fresta da porta, até que o soldado quebrou o silêncio:
- Temos que começar a pensar se realmente vamos para o litoral. De helicóptero não tem como, é arriscado. Mas podemos ir por terra.
- Por terra também é arriscado. Vários zumbis pela estrada, sem falar naquelas coisas -disse Lisa.
- De carro não demora muito, mas temos que contar com imprevistos e mudanças na rota. Isso tornará a nossa viagem complicada. Não sabemos o que vamos encontrar na estrada -disse Gaspar.
- Vamos esperar a chuva passar. Vamos ver o que temos de suprimentos e podemos arrumar um carro para ir -disse Miguel.
- Belo plano, só faltou detalhar como a gente vai descer. Esse prédio deve estar infestado de zumbis. Uma porta que a gente abrir, eles vão vir direto pra cá. E não vamos ter como escapar -disse Nanda.
- Verdade, um detalhe importante esse. Passar por cada andar é complicado demais -reforçou Miguel.
* * *
A chuva estava passando, quando Lisandra começou a dar uma olhada ao redor. Foi quando ela focou na direção do mercado e viu algo estranho.
- Olhem, o que é aquilo? Não consigo ver direito -disse Lisandra, limpando o vidro que estava embaçado.
Richard pegou um dos binóculos e começou a tentar descobrir o que era. O resultado não foi animador.
- Droga! Eu não sei o que é aquilo, mas tenho certeza que não é coisa boa.
O binoculo foi passando de mão em mão entre o trio, enquanto Pedro tentava saber sobre o que eles estavam falando. O que ela estavam vendo, era um dos super zumbis, que estava ao lado da van, dando a entender que estava procurando por algo. Mas o grupo estava longe e seguro, visto que estavam escondidos em uma mata próxima.
- Então a seta azul era essa coisa -comentou Camila.
- Não vou ligar o carro agora, é arriscado. Vamos esperar ele ir embora -disse Lisandra.
- Então o pessoal da van estava rastreando essas coisas? – perguntou Richard.
- Rastreando sim, mas eu vou além. Talvez até controlando? – perguntou Lisandra.
Camila deu risada e comentou:
- Que loucura. Isso é um jogo de videogame agora?
- Pedro, você sabe quantos dias estava naquele mercado? – perguntou Lisandra.
- Não sei...
- Como você foi parar lá?
- Estava com o meu pai, ele ia no mercado, mas eu não lembro o que aconteceu depois. Só lembro que já estava escondido, com medo dos bichos.
- Quais bichos? – perguntou Camila.
- Eu vi um cachorro, mas ele não era um cachorro normal, ele andava pelo mercado as vezes, ainda bem que vocês mataram ele.
- Não viu mais nada além disso? -perguntou Richard.
- Não, eu ficava boa parte do tempo escondido, só vi vocês e aqueles soldados.
* * *
Na estrada, ainda chovia, mas de forma moderada. O grupo então, seguiu caminho. Após alguns metros, se depararam com a estrada alagada.
- Não da pra passar, a correnteza esta forte demais -alertou o motorista.
- Vamos esperar então, não temos outra escolha -disse um outro soldado.
Jade começou a chorar e Isa procurou por algum suprimento, pois sabia que ela estava com fome. Assim que achou, em uma das sacolas que estavam espalhadas no canto do tanque, ela deu para Jade. A situação estava se complicando, pois a maioria dos alimentos que eles possuíam, não era adequado ao organismo de Jade, por questões óbvias; mas mesmo assim, dava para manter bebê alimentada.
- Precisamos de mais. Ela não vai conseguir ficar comendo esse tipo de coisa -disse Isa, preocupada.
Um outro soldado, pegou um mapa, analisou e revelou:
- Tem uma cidade pequena mais a frente, cerca de cinco quilômetros. Já é um bom sinal.
- Mas com tudo alagado, ainda estamos presos aqui – disse Thomas.
- Posso sair e ver a altura da água -disse Fernandes.
- É arriscado demais. Não podemos ir contra a natureza, além disso, esta muito forte – alertou o soldado.
Vitoria olhou pelo vidro traseiro e viu uns vultos, não dava pra ver muito bem, pois estava embaçado.
- Tem alguém vindo – alertou a garota.
Todos ficaram em alerta e em silêncio. Em seguida, eles escutaram uma buzina.
- Buzina? Deve ser algum sobrevivente! -exclamou Brenda.
- Fiquem em alerta, vou conferir -disse um dos soldados, preparando sua arma e descendo do tanque, acompanhado do outro soldado, enquanto o motorista ficou.
Assim que desceram, viram um carro parado logo atrás, foi então que desceu o motorista. Era uma mulher de aproximadamente trinta anos, que estava com sua filha, de aproximadamente vinte.
- Que bom que encontrei vocês!
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