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*Capítulo não recomendado para menores de 18 anos*
Na mata, o grupo já estava acordado e estavam sentados em um tronco próximo ao carro conversando:
- Vamos precisar de água -comentou Fernandes.
-Tem ideia de onde podemos conseguir? – perguntou Brenda.
- Bom, no mercadinho de ontem provavelmente nos fundos deve ter uma caixa d'água ou até mesmo em cima. Podemos começar por lá.
-Vamos todos então – disse Carlos.
- Não, você ficou a madrugada acordado fazendo a 'segurança'... Não acho justo você ir. Vamos eu, Brenda e Eliza, você fica, e enquanto descansa, cuida das nossas coisas. Não devemos demorar -disse Fernandes.
Todos concordaram. Enquanto isso, o outro grupo estava decidindo o que fazer. O cachorro havia desistido de entrar, pelo menos no momento, com isso, Thomas mandou todos se organizarem e pegarem o máximo de suprimentos que conseguissem. Ele foi até um dos armários e pegou algumas armas de pequeno porte que Roberto havia guardado. Assim que tudo estava pronto, Thomas avisou:
- Vou abrir a porta, fiquem atentos com a arma de vocês. Vamos pro carro, ok?
Todos concordaram e calmamente, Thomas abriu a porta. Sem sinal dos cachorros, ele deu uma espiada na área da piscina e viu os corpos. Em seguida, ele deu o sinal para que todos fossem para o carro. Enquanto entravam no carro, Thomas abriu o portão e em seguida foi para o carro.
-Ótimo, era só o que faltava – disse Thomas, dando a partida no carro, mas sem sucesso.
- E agora? – perguntou Vitória.
Ele tentou novamente e o carro ligou. Assim que ele acelerou para sair, dois cachorros surgiram na frente do carro, o que estava na frente era o pior de todos, o Pitbull.
- Preparem suas armas -avisou Thomas.
- Passa por cima deles – disse Margarete, que estava no banco do carona, ao lado de Thomas.
Enquanto pensavam no que fazer, o Pitbull avançou e pulou no capô do carro, deixando todos com medo, Thomas deu uma leve acelerada e brecou em seguida, fazendo o cachorro perder o equilíbrio e cair. Nisso, Thomas acelerou de novo para atropelar, mas o cachorro foi rápido e escapou. Com isso, Thomas acabou atropelando o outro cachorro. Sorrateiramente o Pitbull deu a volta e com muita força, bateu com a cabeça no vidro da janela do passageiro, onde estava Vitória. Com o impacto, o vidro se quebrou e o cachorro estava quase entrando.
Vitória se abaixou apavorada, ela gritava de medo, rapidamente Henrique sacou a arma, mirou calmamente no cachorro e efetuou vários disparos, até as balas acabarem. Com uma das pernas, Henrique empurrou o cachorro pra fora, que havia morrido e ficado pendurado na janela.
- Você estão bem ai? – perguntou Margarete.
-Estamos -respondeu Vitória, que agradeceu Henrique em seguida.
- Vamos dar o fora daqui. Você agiu muito bem Henrique - disse Thomas, acelerando o carro e partindo.
* * *
*Igreja da comunidade, minutos antes do surto:
O culto estava no fim quando o padre decidiu fazer uma ultima reflexão:
- Irmãs e irmãos, lembrem-se de que, o que vale nesse mundo, é a nossa alma. Bens matérias ficam aqui, quando morrermos, não vamos levar nada além do conhecimento que nossa alma adquiriu...
Nesse momento, um homem entrou pela porta da igreja e se ajoelhou de cabeça baixa. Os fiéis observaram a cena com espanto. O padre desceu do altar e foi até o homem. Ao chegar perto, o padre constatou que ele estava sangrando, então ele também se abaixou e perguntou:
- Filho, o que houve com você?
- Alguém chama uma ambulância, ele esta sangrando – comentou um dos fiéis.
O pastor levantou a cabeça do rapaz e se assustou. Foi então que o homem avançou e começou a morder o pescoço do padre. Todos ficaram assustados e reagiram para ajudar o padre. Mais zumbis entraram na igreja em seguida e houve muita gritaria e correira.
* * *
O trio estava no mercadinho e conseguiram alguns galões de água no poço que havia nos fundos.
- Poderíamos ficar por aqui – disse Brenda.
- Melhor não. Provavelmente não somos os únicos que estamos buscando por esse tipo de lugar, com água, comida... Seriamos um alvo fácil – disse Fernandes.
- Já terminei aqui – avisou Eliza, que havia terminado de encher um galão.
* * *
Na estrada deserta, o carro começou a falhar até que deu uma pane total e parou.
- O que foi agora? – perguntou Margarete.
- Não sei. Acho que a gasolina acabou.
Thomas tentou dar partida novamente, mas não teve sucesso.
- Olhem, tem uma igreja lá na frente, pode ser que haja algum carro... – avisou Vitória, apontando para a igreja, que estava aproximadamente duzentos metros mais à frente na estrada. Thomas tentou e tentou, mas o carro não ligava.
- Ok. Vou ver o que tem lá, vocês ficam aqui.
- Nada disso, vamos juntos – disse Margarete.
- Tudo bem. Peguem o que puderem, não esqueçam das armas. Se acharmos um carro, voltamos e pegamos o resto.
* * *
Carlos estava cochilando dentro do carro quando um barulho o-fez despertar. Ele se levantou atentamente e olhou para a mata. Assim que ele abriu a porta do carro e colocou os pés pra fora, ele foi mordido por um cachorro. Em pânico, ele ainda conseguiu escapar e desistiu de sair do carro. Então ele fechou a porta e viu que o ferimento era preocupante. Então ele olhou pelo vidro traseiro do carro e viu que um grupo de zumbis se aproximava e estavam indo exatamente em sua direção.
- Meu Deus! O que eu vou fazer agora? Meu Deus me ajuda!
Os zumbis se aproximaram cercando o carro completamente e muitos estavam agressivos e batiam com a cabeça contra os vidros do veículo. Os da porta de trás já estavam trincando. Com muita dor, Carlos pegou uma arma que estava próximo a ele e foi para o banco do motorista. Ele cogitou sair do carro, mas não era possível devido a quantidade de zumbis que estavam no local.
Foi então que um zumbi bateu violentamente contra o vidro da porta traseira que se quebrou. Com isso, eles começaram a entrar no carro. Para o seu azar, havia apenas uma bala na arma. Carlos estava desesperado, com muita dor e os zumbis já estavam se aproximando dele.
- Meu Deus, me perdoa, eu não tenho outra escolha. Perdão -disse Carlos, chorando muito e pegando a arma e apontando para sua cabeça. Ele não viu outra alternativa, então, ele apertou o gatilho.
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