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Ainda na torre, o grupo debatia sobre o que fazer:
-Esta claro que todos nós queremos ir para o local indicado na transmissão, mas precisamos de armas, armas de verdade. Até lá, é um longo caminho - disse Lisa.
- Sabe onde conseguir, Nanda? -perguntou Miguel.
-E eu? Vou ficar aqui até quando? -perguntou Paolo, vomitando sangue em seguida.
-Sei sim -respondeu Nanda.
-Por mim, te deixamos aqui, sinto muito -disse Lisa.
-Infelizmente eu concordo -disse Miguel.
-Eu até agora não virei um deles! Não me deixem aqui!
-Você mal consegue andar. Você vai ser um peso pra gente e só vai nos atrapalhar -disse Nanda.
-Eu imploro, não me deixem aqui! -exclamou Paolo.
Os três olharam uns para os outros e sem seguida, juntos, deixaram o local. Assim que saíram da torre, escutaram Paolo gritando por ajuda, mas decidiram ignorá-lo.
* * *
Na chácara, o grupo também debatia sobre os próximos passos. Reunidos na varanda da casa, Roberto deu sua opinião:
-Estamos bem aqui. Não acho que deveríamos sair daqui justo agora.
-Uma hora a comida vai acabar e vamos ter que sair por ai procurando. O exército vai nos ajudar, deveríamos ir -disse Thomas, enquanto Vitoria e Henrique observavam atentamente.
-Eu realmente não sei. Temos que pensar nisso melhor, não é uma decisão fácil, ainda mais agora que só temos uns aos outros – disse Margarete.
* * *
Os soldados ajudaram os outros a saírem do carro. Com alguns ferimentos, eles conseguiram sair, mas Pablo não teve a mesma sorte. Um dos soldados alertou:
-Ele esta morto.
Todos ficaram sentidos com a notícia.
- VOCÊS QUE MATARAM ELE! -gritou Sandra.
-Calma Sandra, calma. -disse Gaspar, se colocando na frente dela para evitar uma possível agressão dela ao soldado.
O comandante da operação se aproximou do grupo e disse:
- Escutem! Sentimos muito, mas essas coisas acontecem. Agora ele é só mais um. Podemos leva-los para a nossa base, um lugar extremamente seguro. Mas se quiserem ficar aqui, também é uma escolha de vocês. Não temos tanto tempo assim!
* * *
O tempo estava começando a se fechar quando Fernandes e Eliza chegaram no mercadinho situado na beira da estrada. Ambos estavam com mochilas para guardarem o que conseguissem pegar. As prateleiras estavam praticamente todas vazias e a dupla terminou de pegar o que restou.
- Cereais e enlatados... Pelo visto vamos viver disso por um longo tempo – disse Eliza.
Eliza foi até o balcão do caixa, pela parte de onde os clientes costumam passar as compras e viu que a gaveta de moedas estava aberta.
- Ta pensando em pegar o dinheiro? -perguntou o policial.
-Na verdade não, estou pensando em quem teria pego, já que pelo visto não vale mais nada -respondeu Eliza, indo para o outro lado do balcão, onde ficava a atendente de caixa.
Assim que ela passou, se assustou.
- O que foi ? – perguntou o policial.
- Tem um corpo aqui.
Fernandes se aproximou e cutucou o cadáver com a ponta de sua bota.
- Parece que esta morto mesmo.
- Assim espero -disse Eliza.
Nesse momento, dois carros pararam na frente do local, Eliza e Fernandes se esconderam ali mesmo, no balcão, perto do corpo e ficaram em silêncio. Dois caras armados com fuzil desceram do primeiro carro e entraram no mercadinho.
Eles deram uma rápida olhada pelo local e um deles chegou a ir próximo ao caixa, mas nesse momento, um deles disse:
-Droga! Não tem porra nenhuma aqui! Parece que alguém chegou primeiro! -em seguida, ele disparou uma rajada de tiros contra as prateleiras.
- PARA COM ESSA PORRA! Não podemos ficar gastando munição seu idiota! Vamos! -advertiu o outro. Em seguida, eles deixaram o local e partiram.
Eliza e Fernandes respiraram aliviados e saíram do balcão. Nesse momento, o cadáver despertou e pegou a perna de Eliza. Ela gritou de medo, mas antes que ele mordesse sua perna, Fernandes deu um tiro certeiro na cabeça do zumbi.
- Você disse que ele estava morto!
- Pelo visto me enganei. Você esta bem?
- Estou. Vamos sair daqui.
* * *
-Naquele prédio é onde ficam as armas, vamos -disse Nanda, apontando para um prédio um pouco distante, enquanto o grupo andava pela pista do aeroporto.
- Sinto que não deveríamos ter deixado ele lá -disse Miguel.
- Ninguém aqui queria fazer isso, mas foi necessário – disse Lisa.
Nesse momento, um tanque do exercito surgiu no fim da pista e vinha em direção ao trio.
- É um tanque? – perguntou Nanda.
- Sim, é o exercito! -exclamou Miguel.
O tanque se aproximou e parou próximo ao trio. Alguns soldados desceram e um deles perguntou:
- O que fazem aqui?
-Estamos tentando sobreviver – respondeu Nanda.
-Estão feridos ou mordidos?
- Não.
- Entrem. Vamos leva-los pra nossa base.
Enquanto o trio embarcava, um grupo de zumbis surgiu na pista e correu em direção ao tanque. Os soldados começaram a atirar, e em seguida, com todos dentro, o tanque deixou o local.
* * *
Na mata, sentados em um tronco, Carlos e Brenda conversavam:
- O que mata é não ter notícias da minha família. Nem sei se estão vivos ainda -disse Carlos
-Eu te entendo. Antes de sair, eu tinha falado pra minha mãe que chegaria na hora do jantar. Ela tinha chamado uns amigos e familiares, sabe? Mas ai começou tudo isso e, bom, agora estou aqui.
Nesse momento, um barulho despertou a dupla, mas era apenas Eliza e Roberto que haviam chegado.
- Como foi? – perguntou Carlos.
- Tirando um zumbi que quase me mata, e uns traficantes... Foi ótimo -respondeu Eliza.
* * *
No tanque, ainda em movimento, Gaspar perguntou:
-O que de fato aconteceu?
-Um vírus forte infectou boa parte do planeta, desconhecido até então -respondeu o soldado.
- Não foi só aqui? -perguntou Angelo.
- Não, em varias partes do planeta também.
- E bombardearam a cidade por isso? -perguntou Betty.
- Já tem uma cura? -perguntou Sandra.
-Não podemos comentar nada com civis. Mas garanto que o governo esta trabalhando pra recuperar a cidade e acabar com esse vírus. Agora chega de perguntas! Temos muito caminho pela frente!
Um dos soldados distribuiu coletes e armas de pequeno porte para o grupo.
-Nunca usei uma arma antes -disse Angelo.
-Vamos ensinar o básico, não podemos deixar vocês despreparados para o que esta por vir -respondeu o soldado.
-O que esta por vir? -perguntou Sandra.
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