A visão que Paulo e Miranda tinham era diferente, eles só conseguiam ver até uma certa distância, e mesmo fora do umbral, uma névoa densa cobria o local e eles estavam em uma rua bastante movimentada:
- Essas pessoas não podem nos ver? – perguntou Paulo.
- Não, no máximo sentir alguma coisa. Você vai ficar parado aqui ou vai procurar sua família?
- Vou procura-los, mas e você?
- Vou com você.
* * *
Ao fim do dia, Alice estava em seu quarto vendo TV quando Roberto entrou e perguntou:
- Alice? Esta tudo bem?
- Esta sim tio.
- Você chegou e não falou nada. Estranhei. Como foi a aula?
- Foi ótima. Achei que não seria necessário te dizer isso.
Roberto soltou uma leve risada e disse:
- Então boa noite, durma bem.
* * *
Sandra estava em uma sala branca olhando para um telão, que passava filmagens de sua família na Terra. Então, o telão se apagou.
- Ué. O que houve?
- O tempo acabou Sandra, existe um limite – respondeu o mentor.
- Pelo menos sei que estão bem. Que deus abençoe Maria e Roberto por terem acolhido os meus filhos. Mas, e meu marido? Quero muito saber onde ele está.
- Ele esta em um nível inferior ao seu. Não podemos fazer contato por enquanto.
* * *
No dia seguinte, Paulo e Miranda haviam chegado ao destino.
- Essa é sua casa Paulo? Até que é grande.
- Sim, mas parece vazia, vamos entrar.
Eles entraram e observaram o local.
- É, esta vazia. Não sei para onde foram todos.
- Vamos olhar o resto da casa.
- ALICE! DOUGLAS. TEM ALGUÉM AI? – gritou Paulo.
- Pra que você esta gritando? Esqueceu que eles não podem te ouvir?
- Foi mal.
Após vasculharem a casa e não encontrarem ninguém, eles resolveram voltar para a sala, foi quando Roberto e Alice chegaram:
- Alice, pegue os itens mais importantes. Vou ver o que tem na cozinha -disse Roberto.
- Tudo bem.
- Alice! – exclamou Paulo.
Alice subiu para o quarto enquanto Roberto ia para a cozinha.
- Sua filha?- perguntou Miranda.
- Sim, e ele é o tio dela.
Paulo e Miranda subiram e foram até o quarto onde Alice estava. Ao chegarem, Miranda decidiu ficar na porta do lado de fora enquanto Paulo entrou. Alice estava vendo um álbum de fotos da família sentada na cama e chorando. Paulo ficou triste com a cena e se sentou ao lado de Alice.
- Filha, eu estou aqui, não precisa chorar – disse Paulo abraçando Alice, mas ela não sentia.
A garota secou as lágrimas, se levantou e se retirou do quarto.
- Eu realmente não entendo – disse Paulo.
- Se você ficar aqui, você vai ficar triste, e sua energia vai acabar pegando nela.
O cenário começou a mudar.
- O que esta havendo? – perguntou Paulo.
- Nosso tempo acabou, estamos voltando para o Umbral! RÁPIDO! Precisamos ir atrás da garota!
Eles saíram correndo, mas assim que chegaram na escada, o tempo acabou, fazendo o cenário mudar totalmente. Eles estavam de volta ao umbral.
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