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Após Aline abrir o jogo, mais perguntas sem respostas invadiram a mente de todos no grupo.
- Escutem, vamos achar as respostas de todas essas perguntas depois. Temos que seguir com o plano antes de tudo -disse Nogueira.
-Eu já disse tudo o que eu sei -comentou Aline.
- Vamos seguir então, ao porto. Com sorte, Thomas e Vitória estarão lá -disse Brenda.
* * *
Vitória estava isolada e os zumbis já estavam conseguindo quebrar os vidros. Foi quando ela escutou alguns disparos. Lisandra e seu grupo haviam acabado de chegar no local e presenciaram a cena. Como estavam armados, conseguiram matar os zumbis, incluindo Thomas.
- Você esta bem? -perguntou Camila, ajudando a garota a sair do carro.
Assim que saiu, ela foi até o corpo de seu pai, se abaixou e começou a chorar, em silêncio.
- O que ela tem? -perguntou Pedro, para Richard, em voz baixa.
- Vamos descobrir em breve, Pedro.
Camila se aproximou da garota e perguntou:
-Conhecia ele?
-Sim, era meu pai.
-Sinto muito, nós não sabíamos.
O soldado Wesley se aproximou em seguida e disse:
-Temos que continuar, você tem que vir conosco.
Lisandra e Gaspar foram até o galpão, com a ajuda do restante do pessoal, conseguiram abrir por completo o portão e então, chegaram na área onde as pequenas embarcações ficavam atracadas e também a lancha, que Thomas estava querendo anteriormente. Também havia um barco de porte maior, mas o grupo também focou na lancha.
- Por este lado só vamos conseguir pequenas embarcações -disse Wesley.
- Vamos dar a volta e entrar pelo portão principal. Qual o problema? -perguntou Gaspar.
-Arriscado demais. Lá funcionava praticamente a área toda de descarregamento, deve estar infestada de zumbis.
O grupo seguiu mais adiante e Wesley deu sinal para que entrassem na lancha. Foi quando ouviram o som de um carro se aproximando.
Todos ficaram em alerta e Vitoria logo quebrou o silêncio quando viu quem era:
- São meus amigos! – exclamou a garota, indo de encontro ao grupo.
O restante do grupo decidiu descer da lancha e ir de encontro ao grupo que Vitória pertencia.
-Vitoria! -exclamou Henrique, dando um abraço na amiga. – O que aconteceu?
-Desculpa!
-Cadê o Thomas, Vitoria? -perguntou Brenda.
-Soldado Wesley! -exclamou o Soldado Nogueira.
Aos poucos, os grupos foram se conhecendo e se acostumando uns com os outros, até Vitória voltar a ser o centro das atenções.
- Onde esta seu pai? -perguntou Henrique.
- Ele esta morto! -respondeu Vitória, apontando para o corpo de seu pai, que estava um pouco distante.
- O que aconteceu? O que deu em vocês? -perguntou Fernandes, preocupado.
Nisso, ao fundo, vindo da rua, um super zumbi apareceu e estava indo na direção do grupo. Com isso, eles tiveram que correr para a lancha, mas Wesley foi rápido e orientou todos para que entrasse no barco.
- Vamos para o barco!
Enquanto o grupo corria, Camargo e Nogueira ficaram um pouco para trás, atirando e tentando atrasar o super zumbi. Mas em seguida, também correram. Já com todos no barco, Wesley deu início a partida, e por fim, conseguiram escapar do super zumbi. Agora o grupo estava indo em direção ao mar aberto, se afastando um pouco do porto.
- Para onde vamos agora? Não temos mais o navio como referencia -disse Brenda.
Wesley, que estava guiando a embarcação, ligou o rádio e começou a buscar algum tipo de sinal.
- Podemos ficar perto da praia, mas seríamos um alvo fácil demais -disse Lisandra.
Nesse momento, ao fundo, uma embarcação de porte maior apareceu, era um outro navio, porém, o modelo era diferente e não parecida ser militar. Todos olharam com atenção.
- Deveríamos ir até lá? -perguntou Lisa.
- Não tenho dúvidas -disse Gaspar.
- Agora que somos um grupo maior, temos que se organizar melhor -disse o Soldado Camargo.
- Vocês são os militares, vocês devem nos guiar -disse Aline.
- Antes, quero saber se tem alguém que não queira ir até lá. Ou vamos todos ou não vamos. Não seria saudável agora, para o nosso grupo, se dividir -disse o Soldado Nogueira.
Visto que todos concordaram, o grupo decidiu seguir até o navio misterioso. Não demorou muito, e o navio entrou em contato pelo rádio, antes da aproximação.
- Se identifiquem, antes de aproximar -disse uma voz masculina, via rádio.
Wesley, respondeu:
- Somos um grupo de sobreviventes, queremos ajuda. Também temos militares a bordo.
- Entendido. Por favor, se aproximem. Estão autorizados, câmbio, desligo.
O grupo ficou feliz, pois desta vez, estavam realmente no caminho certo. Minutos depois, eles já estavam lado-a-lado com o navio. Três outros militares, incluindo uma mulher, recepcionaram a chegada dos sobreviventes. Assim que já estavam a bordo do navio, eles puderam observar que haviam cerca de mais dez ou doze sobreviventes acomodados, e mais cinco soldados que faziam a segurança.
- Sejam bem vindos ao Canary -disse a Soldado.
- Obrigado -disse Wesley.
- Vocês trÊs, militares, me acompanhem -disse a Soldado. - O restante, se acomodem, estão seguros aqui.
Os três soldados foram para a sala de controle, e pelo caminho, não viram mais nenhum sobrevivente, o silêncio tomava conta. Ao chegarem, se depararam com uma figura conhecida, Ezil, agora, comandante do Canary.
- Soldados Nogueira, Camargo e Wesley... Bom encontrar vocês!
Eles bateram continência e Nogueira perguntou:
- Senhor, que surpresa! Poderia nos informar sobre a atual situação?
- Claro, fiquem a vontade. Estamos com a missão de salvar os sobreviventes. Precisaremos de toda a ajuda necessária.
- Mas e o restante do pessoal? – perguntou Camargo.
- O que tem nesse navio, foi o que restou, apenas isso.
- Tem noticias sobre a Solange? – perguntou Wesley.
- Solange infelizmente esta morta. Todo o plano de emergência, que estava sendo seguido depois da evacuação da base, fracassou.
* Dias antes do vírus se espalhar *
A cúpula da IMCORP, estava toda reunida e líderes de vários países estavam presentes nessa reunião super secreta. Pouco antes de começar, Ventura estava em sua sala falando ao celular e não percebeu quando Solange entrou e observou toda a movimentação de Ventura, que estava empenhado em fazer a proposta da IMCORP fracassar, com isso, Afonso venderia a solução para os militares brasileiros e por sinal, em um esquema ilegal, re-venderia para outros países, que pagariam mais barato e Ventura também lucraria. A essa altura, a IMCORP já estava dividida.
- Vocês acionistas da IMCORP precisam pressionar o grupo principal dos países para que recusem a nossa oferta. Boa parte dos militares desses países já fecharam acordo comigo, a minha oferta é mais barata que a do Afonso. Ele quer cobrar caro demais e ainda vai entregar a solução com uma grande quantia ainda faltando. Nos falamos melhor depois da reunião. Obrigado, até breve.
Assim que desligou, Solange quebrou o silêncio:
- Agindo pelas costas do Afonso, Ventura?
- Esta espionando agora? O que pensa que esta fazendo?!
- Você esta agindo pro acordo fracassar! Você não tem vergonha na cara? Que baixo nível eu presenciei agora!
- E o que você vai fazer? Vai contar pra ele? Pelo que eu sei, você também não quer que esse acordo siga.
Solange respirou fundo, pensou um pouco e respondeu:
- Não, eu não vou. Esse problema eu não quero pra mim.
- Pois fique você sabendo que o acordo vai fracassar. Os países não vão aceitar isso e vai abrir caminho para nós, militares.
- Mas é opção do Afonso passar a bola para vocês ou não. Desse esquema, eu não quero fazer parte. Hoje será a última reunião, tem noção do quão o Afonso vai ficar irritado quando os países recusarem?
-Pouco me importo. Só quero saber do meu dinheiro. Agora se não se importa, temos uma reunião pra participar. Vamos?
A reunião começou e todos estavam atentos:
- Senhoras e senhores, obrigado pela presença -disse Afonso. – Serei direto ao ponto, vocês sabem que IMCORP financiou sozinha uma pesquisa mais que bilionária, ela deu resultados e eu vou mostrar. Doutora Vanessa, por favor...
Vanessa se preparou e foi até um telão que estava posicionado na sala, então, uma série de gráficos e fotos sobre o DNA humano apareceram na tela:
- Senhores, conseguimos modificar a estrutura do vírus da raiva, de acordo com os estudos, ele poderia ser o causador de um possível surto viral do qual não podemos saber a gravidade. Esses estudos foram feitos anteriormente pela DNAV Tech, que cedeu sua pesquisa para a IMCORP. Seria uma lastima deixar o vírus da raiva evoluir naturalmente e atingir esse nível sozinho, pois não estaríamos de fato preparados para lidar com os danos que ele causaria.
- Seja mais clara, doutora -disse um representante do Governo Brasileiro.
- O vírus da raiva estava evoluindo de forma natural, com o financiamento da IMCORP, aceleramos o processo e chegamos na frente. A ponto de começar a desenvolver uma vacina para futuramente, impedir que o novo vírus, gerado pela raiva, cause impacto global.
- Vocês sabem que lucramos com epidemias, mas os governos perdem rios de dinheiro com isso também. O que queremos, é oferecer uma resposta rápida e pronta para quando isso acontecer de fato. Ou seja, já temos a solução do problema, antes mesmo dele começar -explicou Afonso.
O grupo ficou animado com a explicação. Solange, Ezil e Ventura, também estavam na sala, porém de canto, observando.
- Mas qual a necessidade disso? Temos uma crise global se aproximando, gastar dinheiro comprando uma solução para um problema que ainda nem existe, seria gastar dinheiro desnecessariamente -rebateu um representante da ONU.
- Eu gostei da ideia. Meu país tem interesse em comprar -disse o represente da Rússia.
- Eu ofereço o dobro. Não podemos deixar que isso seja algo exclusivo da Rússia -rebateu o representante dos Estados Unidos.
- Negativo! Rússia e Estados Unidos já possuem privilégios demais. Chegou a hora do Irã ter o seu espaço! – rebateu o representante.
-Paciência senhores -disse Afonso.
- A ONU recomenda que os países presentes recusem. Imprudência demais! Como vocês podem pensar em comprar essa solução com a grande crise mundial batendo nas nossas portas assim? Comprando isso, será que o país de vocês teria a capacidade de se preparar para a crise e possivelmente, pagar a dívida com o FMI? -destacou o representante da ONU.
- Brasil recusará.
- China também.
- Nós da União Europeia, estamos divididos.
- Podemos fracionar. Cada pais fica com uma parte -disse Afonso.
- Negado! Queremos tudo ou nada! -pressionou os Estados Unidos.
Foram horas de debate, os líderes já estavam quase se agredindo, e a reunião teve que ser remarcada para outro dia. Todos saíram da sala com os ânimos exaltados. Os países que recusaram, já estavam fora da jogada. Não havendo acordo entre os países na última reunião, Afonso se viu desolado. Havia gastado rios de dinheiro e ninguém queria a sua oferta, além disso, o prazo estava acabando... Alguns voluntários já estavam se purificando para voltarem a sociedade, com o bolso cheio por terem colaborado e por já estarem praticamente imunes a um vírus que mal existia.
Recluso em sua sala, Afonso recebeu a visita de Ventura, que estava animado.
-Já sei o que veio me pedir.
- Afonso, sinto muito por isso, mas são apenas negócios.
- Que eu gastei rios de dinheiro por sinal!
- Vai passar a oferta para os militares?
- Não tenho outra escolha, é a única forma que eu tenho pra arrecadar pelo menos uma boa quantia.
- Onde assino?
Afonso entregou uns documentos e Ventura, sem ler, foi assinando tudo.
- Vou receber mais do que eu esperava -comentou Ventura.
- Na verdade metade, alterei alguns tópicos.
- Como assim? Como teve coragem?!
- Também sou militar, o tópico que modifiquei, explica que os militares brasileiros vão ficar com cinquenta por cento do acordo, os outros cinquenta, será minha e da IMCORP.
- Mas isso é um absurdo! E como eu fico nesse acordo?
- Receberá apenas cinco milhões, pelos seus serviços prestados para a IMCORP.
- EU NÃO MEREÇO MIGALHAS!
- Cinco milhões é migalhas? Quem você pensa que é? Só ajudou no diálogo e ainda fracassou, quer mais que isso? Aliás, vaza daqui logo! Já tem o que merece!
Ventura deixou a sala explodindo de raiva, mas ele ainda tinha uma ultima jogada. Por ter acesso a vários níveis, ele ficou responsável por liberar um dos voluntários, então, ele foi até seu quarto e o voluntário estava sentado na cama, preenchendo uns papéis.
-Feliz com sua saída? -perguntou Ventura, portando um remédio e uma seringa.
- Estou. Agora sou milionário!
- Antes de ir, preciso te dar mais uma dose desse remédio, lembre-se de se alimentar bem nas próximas vinte e quatro horas.
- Achei que já tinha acabado a fase de agulhadas.
- Não seja dramático. Esta será a ultima.
Ventura aplicou a injeção e em seguida, ambos foram para fora da IMCORP, onde um táxi estava esperando pelo voluntário. Na despedida, Ventura disse:
- São Paulo te espera. Lembre-se de entrar em contato quando chegar.
- Tudo bem. Até! -se despediu o voluntário, entrando no táxi e partindo.
* Horas antes da explosão do navio *
Já era noite e Solange estava dormindo, quando Ezil chegou e viu o estado da antiga amiga. Ela ainda estava na capsula quando acordou.
- Ezil...
- Solange! Sinto muito! Vou te tirar daqui!
- Não temos tempo. Vou me transformar em breve! Você sabe o que fazer, não sabe? Detone a cápsula principal.
- Mas e você?
- Não importa mais. Faça! Não perca mais tempo. VÁ SOLDADO! ISSO É UMA ORDEM!
- Sim, senhora! -disse Ezil, deixando o local.
Na sala de controle do navio, o General Ventura acompanhava os testes nos outros sobreviventes através de um monitor e pelo radio, ele deu a seguinte ordem:
- Vocês que estão em terra firme, matem todos os sobreviventes que estão esperando por socorro na praia. Eles vão fugir, também quero que vasculhem as casas, uma por uma e matem todos! TODOS!
- Entendido -confirmou uma voz do outro lado.
As pequenas embarcações que faziam parte da frota, haviam sido integradas ao navio e o restante havia sido enviado para auxiliar a equipe em terra firme. Então, o navio estava praticamente sem a companhia do restante da frota. Assim que Ventura desligou o rádio, com uma faca, Ezil chegou por trás e surpreendeu o general, cortando seu pescoço.
- Seu porco imundo! Te vejo no inferno!
O sangue jorrou e Ventura nem teve tempo pra se defender. Depois, Ezil acessou o sistema e transferiu os comandos principais para o seu celular. Ele deixou a sala e seguiu normalmente para a área externa, onde teve acesso a um bote motorizado e se afastou do navio. Na tela de seu celular, havia uma rota marítima, a qual ele teria que seguir; mas antes, ele acionou a cápsula principal, que estava cheia.
A medida que a temperatura aumentava, a cápsula que era de vidro, trincava, até que se quebrou por completa e o vapor que havia nela, vazou para fora da sala e consequentemente para fora do navio. Foi onde deu inicio a um incêndio incontrolável.
* Momento atual *
- Eu não consigo acreditar que finalmente estamos seguros agora - comentou Brenda, que estava em um dos cantos do navio, observando o mar com o restante do pessoal. O navio estava se aproximando da praia.
Pelo rádio, Ezil informou:
- Estamos chegando pessoal! Vamos começar a resgatar os sobreviventes. Com o tempo, iremos se adquar melhor e vamos voltar a ocupar a terra firme!
Na praia, uma boa quantidade de sobreviventes estavam esperando para serem resgatados.
* Meses depois *
Em uma sala secreta da IMCORP, Afonso estava irritado demais com a explosão do navio. A doutora Vanessa estava presente.
- O idiota do Ventura só me deu problemas. Como ele deixou aquela merda de navio explodir?
- Óbvio que ele quer nos prejudicar. O que vai fazer com o resto do experimento?
- Já causamos a morte de milhões, a IMCORP fracassou na sua missão de evitar o colapso global.
-Quem fracassou foram a ONU e os governos quando recusaram sua proposta. A IMCORP ainda tem poder pra controlar o mundo e você sabe disso.
Um soldado entrou na sala e Afonso perguntou:
- Novidades, soldado?
- Nossa equipe em terra, recuou com a explosão do navio e estão voltando para cá.
- Quando chegarem, reunam todos, vamos agir enquanto há tempo!
* * *
Cerca de dois anos depois, as cidades litorâneas já haviam voltado a rotina normal, as grandes cidades ainda sofriam e, a crise global não ajudava na retomada da civilização. Mas o Brasil e o mundo haviam parado para assistirem a um documentário... O de Brenda, agora, âncora do telejornal mais famoso da América do Sul, e neste dia, do mundo.
- Foram meses correndo, se escondendo e sobrevivendo ao inferno. As imagens que irão ao ar agora, vão detalhar passo a passo como minha antiga equipe foi surpreendida por esse vírus e como eu cheguei até aqui! Reuni vários depoimentos de sobreviventes e histórias comoventes. As cenas são fortes, mas, se chegamos até aqui, é pelo simples fato de que todos nós, agora somos mais fortes e unidos, não só como nação, mas também como seres humanos!
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