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*Capítulo não recomendado para menores de 18 anos*
O grupo que havia escapado da base de helicóptero, estava agora no topo de um prédio no centro da cidade. Era manhã e o tempo estava um pouco nublado.
-Temos que ir pra outro lugar, um mais seguro -disse Gaspar.
Distante de Gaspar por alguns metros, Sandra estava sentada, encostada na parede, enquanto Nanda dava um pouco de água para ela. Lisa observava a situação olhando para o horizonte e por vezes, para Sandra.
-Esta sentindo alguma coisa? – perguntou Nanda.
-Só um pouco de frio.
-Seus amigos foram pra onde, soldado? – perguntou Miguel.
-Litoral.
- Litoral? O que tem no litoral? – perguntou Gaspar. – Não adianta esconder mais nada, estamos no mesmo barco.
-Em último caso, fomos orientados a seguir para o litoral. A Marinha esta no mar desde que os zumbis começaram a aparecer. A outra parte do exercito, que é a nossa, ficou em terra para ajudar os sobreviventes.
- Então ainda temos uma chance? – perguntou Lisa, se aproximando do grupo.
-Somente os militares podem ir. Civis não estão autorizados.
- Mas a missão não era proteger os sobreviventes? – perguntou Miguel.
-A situação é diferente agora. Não existe mais governo, nem nada.
-De qualquer forma, lá parece ser a nossa única esperança agora – disse Lisa, se aproximando.
- E como vamos? O helicóptero não tem combustível suficiente pra ir até lá -disse o soldado.
- Mas podemos ir mais perto, no caso, quanto mais próximo do litoral, maior a nossa chance! -exclamou Miguel.
-Não vou fazer isso, é loucura. No caminho vamos ter que pousar por causa do combustível, e se não tiver local adequado, iremos morrer na queda ou no pouso forçado, sendo comida de zumbis.
Nesse momento, Sandra teve um impulso. Ela se levantou e correu para a beirada do prédio, dando a entender que ela se jogaria; ela se sentou no pequeno muro de frente para seus amigos dando a menção de que se jogaria de costas.
- Sandra! -exclamou Nanda. – O que esta fazendo?!
-Eu não aguento mais! Não quero ser um deles e não quero ferir nenhum de vocês. Eu sinto muito – desabafou, começando a vomitar sangue.
Nesse momento, um disparo acertou a cabeça de Sandra em cheio, matando-a na hora. Com isso, ela despencou. Lisa e Nanda correram, mas foi apenas um ato de momento, pois já não havia mais nada para fazer. O corpo de Sandra caiu encima de um carro, que logo em seguida, foi tomado por zumbis que começaram a se alimentar. Todos haviam ficado espantados com a situação.
-Me perdoem! -exclamou o soldado, abaixando a arma. – Eu não poderia deixar ela se matar. Deus não perdoa quem se mata.
-Se existisse Deus, ele não teria deixado isso tudo acontecer! Nem sabemos como estão nossos familiares, que Deus é esse?! -desabafou Nanda.
* * *
Era noite, várias pessoas estavam saqueando um supermercado, quando um homem chegou de carro, com seu filho de dez anos no banco de trás. Ele parou o carro e disse:
-Fica ai, eu não demoro!
- Não, eu não quero ficar sozinho!
- Me obedece! – disse o pai do garoto, saindo do carro e entrando correndo no mercado.
O caos reinava dentro do supermercado. O homem pegou uma cesta e foi jogando dentro tudo o que podia. Do lado de fora, três assaltantes renderam o garoto. Um deles entrou direto no carro, enquanto o segundo entrou pela porta do carona; o terceiro. abriu a porta onde o garoto estava sentado e apontando uma arma, o assaltante ordenou:
-DESCE MOLEQUE! ANDA!
Em seguida, ele puxou o garoto pra fora do carro. Com isso, ele acabou caindo e os três assaltantes partiram. O garoto não sabia o que fazer de imediato, então ele decidiu entrar correndo no supermercado, para procurar seu pai. Em um dos corredores, o pai do garoto pegou a ultima lata de sardinha, mas outras cinco pessoas também disputavam a mesma.
-LARGA! – gritou uma mulher.
- Eu peguei primeiro -respondeu o homem.
- Cala a boca cadela vagabunda! Essa lata é minha! -gritou um outro homem, dando um soco no rosto da mulher.
Uma outra mulher chegou a dar vários tapas na cara do pai do garoto, que se protegeu, colocando a cesta na sua frente e recuando. Um bate boca tomava conta, até que um homem sacou uma pistola e disparou contra o pai do garoto e contra as outras pessoas que disputavam a mesma lata. Com os tiros, o corredor se esvaziou, ficando apenas os mortos. Segundos depois, o garoto chegou, e encontrou o seu pai morto no chão.
-Pai?!
Já havia alguns zumbis no mercado, e um deles encontrou o garoto. Com o susto, o garoto não teve a chance de se despedir do seu pai e correu, sumindo no meio do pessoal que estavam saqueando o estabelecimento.
* * *
Ainda era cedo, Richard, Camila e Lisandra estavam escondidos atrás de um carro, observando a entrada de um supermercado, quando uma van chegou e estacionou em frente. Era idêntica a que Fernandes havia visto perto da estação dias atrás. Assim que estacionou, dois homens mascarados desceram e entraram no supermercado.
- O que eles são? Soldados? -perguntou Camila.
- Soldados não andam assim – comentou Richard.
- Silêncio -disse Lisandra.
Nesse momento, um disparo ecoou e deixou o trio em alerta. Um terceiro homem desceu da van e entrou no mercado em seguida.
- Vamos agir -disse Lisandra.
- Agir? Ta ficando doida? Vai fazer o que la? – perguntou Camila.
- Temos que saber o que eles são -comentou Lisandra.
O trio deixou o esconderijo e se posicionaram atrás da van.
Apenas dois homens retornaram. Um deles foi surpreendido por uma coronhada de Lisandra, com uma arma e desmaiou. O outro foi rendido por Richard e Camila, onde Richard deu um ‘mata-leão’ e ele também desmaiou.
- Ta faltando um -disse Camila.
- Fiquem de olho! -disse Lisandra, entrando na van
A van era toda equipada com monitores e computadores, além de uma antena que recebia e transmitia dados.
-Vocês precisam ver isso! -exclamou Lisandra.
Richard e Camila entraram na van e viram o aparato tecnológico. Em um dos monitores, era possível ver um mapa, onde havia alguns pontos de cor azul se movimentando e um em vermelho, parado.
- Eu acho que não são do exercito – disse Camila.
- E esses pontos de cor azul no mapa? Estão se movendo -observou Richard.
- Eu não sei o que significa. Temos que descobrir!
- Não podemos se meter nessa história, é maior que a gente! -comentou Camila.
- Calma Camila, a gente nem descobriu nada direito – disse Lisandra.
- Parece que a cidade toda esta mapeada, óbvio, temos que ir até um desses pontos de cor azul pra saber o que é. Acredito que o vermelho deva ser essa van – disse Richard.
- Seja lá o que for o azul, não esta tão longe daqui -disse Camila.
Nesse momento, o rádio de um dos soldados começou a fazer barulho.
- Droga! E agora? O que vamos fazer? Vão pegar a gente! – exclamou Richard.
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