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*Capítulo não recomendado para menores de 18 anos*
Diante da situação e também temendo desmaiar, Eliza olhou ao redor e decidiu sair do carro. Um silêncio tomava conta do bairro e ela calmamente saiu do carro e parou do lado de fora ao lado da porta, após fechar. Ela não via nada mais que dois ou três metros a sua frente. Ela ainda estava com uma peça de roupa protegendo a boca e o nariz, então ela começou a caminhar devagar em linha reta. Em sua percepção, caminhar em linha reta ajudaria bastante caso ela precisasse retornar, então ela continuou até sumir na névoa.
* * *
Na casa, ninguém do grupo havia se sentido mal com o gás, mas eles estavam bastante apreensivos.
- Deve ser algum gás pra matar os zumbis – disse Henrique.
- Que seja então, não nos matando... – disse Isabela, com Jade em seus braços.
Enquanto isso, na base militar, Solange estava em um lugar alto, junto com outros soldados. Eles estavam com binóculos observando o nevoeiro se aproximar da base.
- Sem dúvidas isso é um ataque químico ou algo do tipo. Mandem todos os soldados colocarem as máscaras – alertou Solange.
- Mas e os civis? – perguntou um dos soldados.
- Não posso proteger todos. Não tem máscaras para todos. Mandem se protegeram da forma que conseguirem.
A maioria dos civis estavam no refeitório tomando café quando o alarme soou seguido de uma voz feminina nos auto-falantes da base, que informava:
- Atenção! Fomos informados de que uma névoa densa se aproxima da base. Não sabemos sua origem e o que de fato ela possui. Mantenham-se em ordem e fiquem calmos. Protejam a boca e o nariz. Fiquem em seus alojamentos ou em algum local seguro. Repetindo: Protejam a boca e o nariz. Obrigada.
- Ataque químico talvez? – perguntou Nanda, que tomava café junto com seus amigos.
Em seguida, houve uma pequena correria por parte de alguns dos civis.
- O pessoal se desespera fácil – comentou Miguel.
- Vamos ficar calmos. Seja o que for, vamos tentar resistir – disse Gaspar.
Minutos depois, a névoa chegou e todos estavam se protegendo como podiam. Uns usaram roupas para protegerem a boca e o nariz, e outros apenas a mão. A névoa cobriu toda a base e entrou também na área do refeitório. Nanda e seus amigos mal podiam ver uns aos outros do outro lado da mesa pois a névoa estava muito densa. Um silêncio também tomou conta do local, reflexo de uma comunidade inteira que estava tensa e com medo.
* * *
Eliza caminhava devagar quando se deparou com um corpo caído logo em sua frente. No susto e na tentativa de desviar, ela perdeu totalmente sua orientação e já não sabia mais pra qual lado ir ou voltar. Ela caminhou mais um pouco até que se deparou com uma calçada e um poste que ficava de esquina. Enquanto Eliza se perdia, Brenda despertou um pouco tonta, e, logo em seguida, Fernandes:
- O que houve? Cade a Eliza? – perguntou Brenda.
- Eu não sei. Só lembro de ter ficado tonto.
A névoa estava se dissipando e a dupla já conseguia ver pouco mais que 5 metros adiante.
- Vamos sair, acho que ela saiu com medo ou não sei... – disse Fernandes.
Nesse momento, um forte barulho ecoou pelo bairro. Foi como se algo pesado tivesse caído próximo a eles.
- O que foi isso agora? Não podemos perder tempo – disse Brenda.
- Temos que ir, vamos achar ela - disse Fernandes.
A dupla desceu do carro e olharam ao redor. Eliza já havia virado a esquina e também ouviu o barulho. Já com a névoa se dissipando pelo bairro, era possível enxergar por mais de 40 metros adiante, porém com a névoa ainda atrapalhando. Então, ela se deparou com um tipo de container no meio da rua e um paraquedas enorme. Ela super estranhou a cena.
- Acha melhor gritar? – perguntou Brenda.
- Melhor não. Vamos manter o silêncio.
- Vem, vamos ver na esquina pra outra rua, ela não deve ter ido muito longe – disse Brenda.
Ainda havia alguns corpos na rua e a dupla foi calmamente em direção a esquina, mas não foi necessário continuar. Infelizmente o pior aconteceu. Antes que pudessem chegar na esquina, uma cena chocou a dupla. A cabeça decapitada de Eliza rolou e parou na esquina, com poucos metros de distancia à frente da dupla. Fernandes e Brenda congelaram na hora. Eles não sabiam como reagir e não acreditavam no que estavam vendo. Então, da mesma direção em que a cabeça de Eliza surgiu, saiu um ser totalmente forte e grande.
Ele parecia um ser humano modificado, possuía cerca de quatro metros de altura, seu rosto era deformado e possuía uma boca cheia de dentes afiados. Ele possuía dois chifres na cabeça e um tubo verde, que saía da nuca e percorria praticamente toda a sua coluna. Ele usava uma roupa de couro grossa e em seu braço direito, ele não possuía mão, ele tinha uma foice bem afiada implantada.
Ele se virou e encarou a dupla. Em seguida, ele olhou para a cabeça de Eliza e com um dos pés, esmagou-a.
Brenda e Fernandes fecharam os olhos na hora, pois naquele momento, estava impactados com a situação.
- CORRE BRENDA! VAMOS! CORRE! – gritou Fernandes.
A dupla saiu em disparada e o monstro foi atrás. Assim que a dupla virou a esquina da rua em que estavam antes, deram de frente com um grupo do exército que estavam em formação. A dupla se protegeu no quintal de uma casa próxima. Assim que o monstro chegou, os soldados começaram a atirar, porém, as balas não faziam efeito. Foi então que os soldados também correram e saíram da frente do tanque, que fez um disparo contra o super-zumbi.
O tiro dividiu o super-zumbi em pedacinhos. Algumas partes eram tão grossas que faziam um forte barulho ao se chocarem contra o asfalto.
- Vocês estão bem? – perguntou um dos soldados para a dupla, que responderam positivamente. – Venham, podemos dar proteção, comida e cuidados médicos.
- O que era aquilo? – perguntou Fernandes, visivelmente chocado.
- Ainda não sabemos. Entrem no tanque por favor.
A dupla entrou no tanque, e os soldados entraram em seguida.
* * *
Na casa, o grupo também havia ouvido o mesmo barulho, como se algo tivesse caído. A névoa também começava a se dissipar quando Jade começou a chorar. Isabela foi até a cozinha e deu uma mamadeira para a bebê, que parou de chorar em seguida.
- O que será que foi aquele barulho? – perguntou Vitória.
- Não sei, mas vamos ficar em alerta – disse Thomas.
Isabela ainda estava na cozinha, próximo a janela alimentando Jade, quando de repente. Um super-zumbi quebrou a janela. Com o susto, Isabela caiu no chão segurando Jade, mas ambas conseguiram escapar dos estilhaços. Todos ficaram assustados. Rapidamente, Thomas e os outros pegaram as armas e se posicionaram, ainda não era possível ver o que de fato tinha quebrado a janela. Mas em seguida, o super-zumbi quebrou de vez parte da parede e ficou totalmente visível ao grupo.
Diferente do que havia matado Eliza, esse, ao invés de uma foice implantada, possuía um martelo pesado e forte. O grupo olhou apavorado e todos ficaram sem reação.
- Mas o que é isso?! – perguntou Margarete.
O super-zumbi olhou para Isabela que ainda estava no chão, com Jade, e fez menção de que ia atacar, levantando o martelo e mirando na dupla.
Enquanto isso, na base, na sala de controle; Solange e alguns soldados ainda estavam com as máscaras, mas o nevoeiro já estava se dissipando. Ela e os oficiais observavam algumas imagens de câmeras pela cidade. Tratava-se de imagens da criatura desconhecida.
- Isso só piora – comentou Solange.
- Até agora tivemos relato de apenas uma dessas criaturas, porém, segundo nossas investigações, podem ter de três ou mais vagando pela cidade – relatou o tenente Felipe.
- Isso é uma guerra. Algum país esta querendo assumir o controle total do planeta – comentou o general Vinicius.
- Eu concordo – disse Solange. – Mas estamos em desvantagem. Não sabemos quase nada sobre esse nosso inimigo. General, tem muito civis aqui, a situação vai começar a ficar ruim. A comida e a água vão acabar. Esta na hora de dizer a verdade para todos ou vamos colapsar.
- Mas os civis vão surtar e vão nos culpar por não ter água ou comida. Você sabe como são apavorados - comentou o tenente Felipe.
- Sim, mas ainda temos o nosso bunker, em último caso nós vamos usar. Acho que já estamos chegando nesse limite tolerável. General, existem muitos civis aqui, como eu disse anteriormente, acho que muitos vão gostar da ideia de entrar no exército.
- Entendido senhora. Vou cuidar disso agora mesmo – disse o general, se retirando.
- Não temos tantos tanques assim pra ficar atirando em cada um desses bichos, isso se forem poucos, mas nem o número certo sabemos. A nossa munição também não vai durar pra sempre, comandante – disse Felipe.
- Eu sei, eu sei – disse Solange, retirando a máscara. – Quero todos em alerta, nós vamos agir. Faça um relatório completo de tudo o que ainda temos, comida, água, munição, tudo. Vamos retomar a cidade e estabelecer um perímetro seguro na base da força!
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