Casal Explosivo (Editada) - Capítulo 11: Hotel C4 Balas


- Grita mais sua ridícula! Eu já passei a localização. Você também vai pagar por tudo o que você fez! 
- Desgraçado!!! – exclamou Mariana, desligando o celular. 

Já era quase meio dia quando os policiais chegaram e Mary explicou a situação. Todos estavam reunidos na sala, inclusive os policiais quando Helena entrou. Causando um clima super tenso. 

- VAGABUNDA!!! – gritou Mary, indo em direção a Helena para agredir. Mas os policias impediram. 
- Como tem coragem de aparecer aqui? – perguntou Dalila. 
- Calma gente, é por uma boa causa. 
- Boa causa? Virou santa agora? – perguntou Mary. 
- Não. O Cory me procurou hoje mais cedo. Disse que quer fugir para o Brasil com as crianças.  
- Você é cúmplice dele! – exclamou Mary. 
- Não sou. Ele disse que esta no C4 Balas. Disse que ia ficar me esperando. Mas eu ainda não fui, eu vim aqui avisar. E agora, os policiais já podem prende-lo. 
 - Mandaremos uma viatura para o hotel mencionado. Vamos ver se ele realmente esta com as crianças e vamos resolver isso – disse um dos policiais.

Os policiais se retiraram. Kelly olhou o celular e viu a seguinte mensagem de Mariana: 

“ Pedro esta morto e o Orlando nos denunciou. Temos que sair de Londres o mais rápido possível.” 

Kelly respondeu: “ Achamos o Cory e também a Mary. Ela esta viva! Mas ele fugiu com as crianças. Esta o maior caos aqui."

- Kelly, o que houve? – perguntou Bruno. 
- Deu tudo errado Bruno. 
Mary, você vai explicar essa história! – exclamou Dalila. 
- Cala a boca! Velha maldita! O que esta feito, esta feito. 
- Não é bem assim Mary. Sua irmã acabou de dizer que o Pedro esta morto e que a polícia brasileira esta quase nos pegando! – exclamou Kelly. 
- Esta mentindo! 
- Quem é Pedro? – perguntou Paula. 


Assim que terminou de falar, Mariana entrou acompanhada do mordomo. Pois de surpresa, também estava em Londres para caçar Mary. Todos ficaram chocados ao saberem da irmã gêmea de Mary. 

-Mary! Temos que fugir! O Pedro morreu numa troca de tiros em São Paulo. É o nosso fim! Orlando nos denunciou e pela lista dos nossos crimes, a Policia Federal já deve estar nos procurando aqui! – exclamou Mariana. 
- Que droga! – exclamou Bruno. 
Como assim crimes? – perguntou Dalila. 
- Mary escuta, você tem que fugir com a gente se quiser ficar livre! – exclamou Bruno. 

Mary respirou fundo e disse: 

- Não vou. São meus filhos. Se for preciso, eu me entrego, mas não posso deixar meus filhos assim com o Cory surtado! E tem mais uma coisa.  
- Mais tragédia? – perguntou Miranda. – Só quero o dinheiro da pensão. 
Eu estou com câncer. O médico disse que o risco dele evoluir era pequeno, mas ele estava mentindo. Meu câncer já esta em um nível um pouco mais avançado. Tenho poucos dias de vida.

Todos ficaram em choque, especialmente Mariana, que diz: 

- Mary, você deveria ter me dito isso antes. 
- Antes? Como? Minha vida toda foi uma farsa! 

* * *

A policia chegou até o apartamento de Cory no C4 Balas. Eles bateram na porta, mas ninguém respondeu. Então, eles arrombaram e viram que Cory não estava lá. Cory estava no topo do hotel com as crianças. O hotel era alto, com aproximadamente 18 andares e  ele pensava seriamente em se jogar. 

Já estava anoitecendo quando Mary e os outros foram avisados sobre o Cory no topo do hotel. Paula, Dalila, Mary e Miranda decidiram ir até o hotel enquanto Kelly, Bruno e Mariana fugiram para o interior para ganharem tempo. Cory estava no topo do hotel com as duas crianças no colo quando os familiares chegaram. Um policial que negociava, deu espaço para Dalila conversar com Cory, a poucos metros de onde ele estava:

- Cory, por favor! Não faz isso, não tem motivo pra você fazer isso. Desiste.
- Eu não vou desistir! Eu já cansei disso tudo e estou disposto a colocar um fim nisso tudo.
- Me escuta, desce e vamos pra casa. Vai ficar tudo bem, não precisa se preocupar.

As crianças choravam muito e isso também irritava Cory. Ventava muito no local.

- Pode pelo menos deixar as crianças fora disso? – perguntou Dalila.
- Sai daqui! Quero falar com a Mary.

Os policiais auxiliaram a saída de Dalila e a chegada de Mary.

- Cory, desiste, por favor!
- Mary me escuta! Eu quero te pedir desculpas por tudo o que eu te fiz, eu não queria isso, de verdade. Eu menti e escondi muitas coisas de você. Mas eu realmente te amei, da minha forma, mas eu te amei. Mas o nosso relacionamento não passou de uma ilusão, de uma farsa. Foi tudo muito rápido e intenso. Então eu peço desculpas. Você me perdoa?

Mary estava chorando, e respondeu:

- Eu te perdoou. Por favor, volta pra mim, vamos voltar a ser a família de antes.
- Infelizmente eu não posso fazer isso.

* * *

Enquanto isso, Mariana, Bruno e Kelly, estavam em um bar de estrada conversando:

- Eu realmente não sei o que fazer – disse Kelly.
- Meu dinheiro esta quase acabando, mas acho que é o suficiente pra gente fugir – disse Mariana.
- Eu não sei. Vamos ficar fugindo pra sempre? Acho que é melhor a gente se entregar de uma vez e acabar logo com tudo isso – disse Bruno.
- Ou a gente pode se separar – sugeriu Kelly.
- A gente sabe que isso não daria muito certo, ainda mais na situação em que estamos. Acho que o Bruno tem razão, temos que se entregar. Vamos pegar nossas coisas e vamos voltar pro Brasil. Se não nos pegarem até lá, nos entregamos – disse Mariana.

* * * 

Já era noite quando Mary, Dalila, Miranda e Paula choravam a morte trágica de Cory e das crianças. Abraçada em Dalila, Mary lamentava:

- Ele não precisava ter feito isso, não precisava!

Na manhã seguinte, Miranda estava na mansão de Cory conversando com Dalila no escritório:

- Então esta decidido? – perguntou Miranda.
- Sim. Eu arco com a pensão agora, pode ficar despreocupada. E traga o meu neto, para que eu possa vê-lo.
- Claro, trarei após o enterro.

Kelly, Bruno e Mariana estavam no aeroporto de Londres embarcando quando os policiais deram voz de prisão ao trio, eles não reagiram. Logo pela tarde, o velório de Cory e as crianças acontecia. Foi quando os policiais chegaram e discretamente deram voz de prisão para Mary. Tudo estava chegando ao fim.

Bruno foi condenado a 110 anos de prisão.
Mariana foi condenada a 103 anos de prisão.
Kelly foi condenada a 109 anos de prisão.
Mary foi condenada a 130 anos de prisão.

Bruno conseguiu ter o direito de visitar a mãe, já morta, no dia das mães após 3 anos de prisão. E não retornou.

Mariana ficou 2 anos presa e conseguiu na justiça pelas brechas da lei, o direito de cumprir pena domiciliar.

Kelly foi morta durante uma rebelião no presídio por presas de uma facção rival.

Mary, ficou 6 meses presa, mas com o avanço do câncer, morreu. Sua mãe, não faz questão de aparecer nunca mais.

Paula se casou com um rapaz que conheceu durante uma viagem, e Leticia finalmente conseguiu um namorado. Miranda e Dalila se tornaram amigas, e Breno cresceu e se formou em Direito.

FIM

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