Casal Explosivo (Editada) - Capítulo 08: O terceiro filho de Cory



Paula ficou sem reação.

- O Cory foi desmascarado! – exclamou Letícia.
- Meu Deus! Esse é o babado do ano!
- Vai contar pra Mary?
- Eu não sei, fizemos um acordo de paz. Mas isso é tentador. Podemos vender a foto pra algum site de fofocas, ela já é razoavelmente famosa, deve render alguma coisa.

* * *

Na agencia, Mary havia terminado de gravar um comercial para um produto de limpeza e foi liberada. Já na mansão, no quarto de Paula, ela e Leticia debatiam:

- Realmente não sei o que fazer. Podemos destruir ela, ou ajudar.
- Ajudar? Como? – perguntou Leticia.
- Podemos falar com o Cory, ele demite a Helena e fingimos que nada aconteceu.
- Até parece. Ele é o maior galinha. Ele vai arrumar outra depois de qualquer forma.

Um taxi estacionou na entrada da mansão e pela janela, Paula e Leticia espiaram.

- Apaga a luz – disse Paula.

Leticia apagou a luz do quarto para espiarem melhor. Mary desceu do táxi, que partiu. Então, Mary entrou na mansão.

- Onde ela estava? – perguntou Leticia.
- Não sei, fiquei fora o dia todo.

Leticia e Paula saíram da janela e Leticia acendeu a luz e perguntou:

- Será que ela também trai ele?
- Será? Seria muita coisa só pra um relacionamento. Vou espalhar câmeras pela casa.
- Você é doida Paula. Pra que?
- Vai que a gente flagra outras coisas. Vou pensar nisso.

* * *

No dia seguinte, Dalila estava tomando café com Cory, Mary e Letícia, até que ela rompe o silêncio:

- A Letícia não tem mais casa?
- Mãe! Que pergunta é essa? – perguntou Paula.
- Só to lembrando. Aliás, mudando de assunto, como foi o teste Mary?
- Muito bem por sinal.
- A Helena já chegou? – perguntou Cory.

Leticia e Paula trocaram olhares.

- Já. Ontem as crianças foram dormir cedo, até estranhei – disse Mary.
- Se passasse mais tempo com eles, saberia que isso é normal.
- Engraçado, agora você quer brincar de ser pai?
- Sempre fiz meu papel de pai. Você é quem deveria ser uma mãe mais presente.
- O café azedou – disse Dalila, se retirando da mesa.
- Vem comigo, vamos resolver isso – disse Cory se levantando.
- Que legal, vai querer discutir agora? Vamos lá então – disse Mary, se levantando.

Os dois se retiraramm.

- Hoje o bicho pega – disse Paula.
- E olha que a gente nem precisou mover um dedo.

Cory e Mary foram até o jardim e se acomodaram em uma mesa. O céu estava limpo e o clima estava agradável.

- Nossa relação esfriou muito, você não é a pessoa de antes – disse Cory.
- Nossa relação esfriou por minha culpa? Sou a única culpada agora? Se você quiser terminar, avisa.
- Não quero terminar. Só não quero que nossa relação caia na rotina. Faz tempo que você esta fria comigo!
- Não tenho tempo pra ficar aqui te ouvindo – disse Mary, se levantando.
- Onde você vai?
- Trabalhar! Alguém precisa fazer isso aqui.
- E nossa conversa?
- Fica pra depois, não quero saber disso agora.

* * *

Na agência, Mary foi orientada a procurar por Breno, um fotografo que era responsável pelo próximo trabalho da modelo. Ao chegar na sala de Breno, Mary viu algumas modelos deixando o local e decidiu entrar calmamente.

- Breno? Posso entrar?
- Claro! Você deve ser a Mary não é?

Mary ficou encantada com a beleza do rapaz, e demorou um pouco para responder.

- Isso... Sou eu. Então, quando começamos?
- Olha, tenho um horário hoje, mas é de noite, você tem disponibilidade?
- Mas você trabalha a noite?
- Não exatamente, hoje eu fico até mais tarde, mas não chegamos a virar a noite não.
- Entendi, claro. Que horas?
- Por volta das dez da noite, pode ser?
- Pode sim. Vai ser aqui mesmo?
- Vai. Estarei nesse mesmo lugar.

Os dois se despediram e Mary se retirou. Breno havia gostado da garota e já estava estudando se aproximar ainda mais. Enquanto voltava para casa, na calçada, Mary foi parada por uma mulher que segurou a mão dela e disse:

- Moça!

Mary se soltou e disse:

- Não estou interessada.
- Espere! Uma tempestade se aproxima, se arrependa enquanto pode. Seu fim não será nada agradável!
- Me poupe! – exclamou Mary, se retirando.

* * *

Na sala da mansão, Cory mandava uma mensagem de texto pelo celular, visivelmente irritado. Em seguida, ele se retirou. Ele foi até um restaurante no centro da cidade para se encontrar com Miranda. Uma mulher elegante, bem vestida e também ameaçadora.

- O que você quer, Miranda?
- E você ainda pergunta? Você tem um filho e você tem uma pensão pra pagar! Quer que eu leve isso pra justiça e exponha tudo na mídia?
- Você é ridícula! Eu pago sempre! Mas você prefere gastar com outras coisas! Eu é quem deveria colocar você na justiça!
- Mas sabe que não pode. Para de negar dinheiro. Você tem de sobra.
- Já falei pra você sumir com essa criança! Já dei uma parte, o que você esta esperando?
- Estou esperando a outra metade! Quando você pagar o resto, eu vou. Não quer ver a criança?
- Eu não queria, mas agora eu quero. Onde você esta hospedada?

* * *

De noite, Mary já havia feito o ensaio e Breno convidou a moça para um jantar amigável. Os dois foram em um restaurante mais distante do centro. A dupla já estava terminando de jantar quando Breno agradeceu:

- Muito obrigado por ter aceitado o convite. Fiquei muito honrado.
- Eu não aceitei só pela fome.
- Como assim?
- Eu gostei da forma educada que você me tratou, isso esta em falta em muitos homens atualmente.
- Não foi nada. Se você me permitir, posso te levar até em casa.

Mari riu e disse:

- Vou pensar, sou uma mulher casada, você sabe como são as coisas.
- Entendi. Você esta com medo.
- Medo? De que? – perguntou Mary.
- Medo de alguém interpretar tudo isso errado. E eu não quero ser o motivo da sua separação.
- Você não seria o motivo o separação.
- O que quer dizer com isso? Você esta se separando?


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